Descrição de chapéu trânsito São Paulo

Com 1.371 km, cidade de São Paulo tem recorde de congestionamento

Marca é a maior desde que a CET passou a analisar 20 mil km de ruas e avenidas, em março de 2023; até então, apenas 868 km entravam na estatística

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São Paulo

Chuva, ruas no escuro, semáforos apagados e eventos realizados na cidade tornaram o trânsito de São Paulo ainda mais caótico. Tanto que às 19h, a CET (Centro de Engenharia de Tráfego) registrou 1.371 km de lentidão.

A marca é a maior desde que a empresa municipal, em parceria com o aplicativo Waze, passou a considerar no cálculo 20 mil km de ruas e avenidas da capital, em março do ano passado.

Semáforos apagados na rua da Consolação, em São Paulo, provocaram engarrafamento na via, que tinha falta de energia na última segunda-feira (18) - Danilo Verpa - 18.mar.23/Folhapress

Antes disso, a companhia municipal levava em consideração apenas um conjunto de 868 quilômetros para o índice de lentidão.

O recorde anterior havia sido registrado em 14 de setembro de 2023, quando o índice chegou a 1.350 km.

O maior trânsito do ano até então era o de 8 de janeiro, igualmente uma sexta-feira, com 1.232 km de lentidão.

Às 20h desta sexta ainda havia uma longa quilometragem de anda e para pelas duas e avenidas de São Paulo. A pior região era a sul, com 349 km de lentidão, seguida pela leste, com 226 km.

Em nota, a CET afirmou que chuva e diversos eventos realizados na cidade —o festival de música Lollapalooza, por exemplo, teve início nesta sexta no autódromo de Interlagos, na zona sul— contribuíram para a marca no trânsito.

Paulistanos usaram as redes sociais para reclamar do trânsito e das dificuldades para se chegar ao festival ou que eram prejudicadas pelo tráfego provocado por ele.

A companhia ainda disse que às 19h havia 28 semáforos apagados. Também afirmou que desde a meia-noite, 258 consertos foram realizados.

"As equipes de manutenção da concessionária trabalham para restabelecer o funcionamento dos equipamentos o mais brevemente possível. A companhia mantém agentes de trânsito operacionalizando os pontos mais críticos", diz a empresa, em nota.

Na última segunda-feira (18), o apagão chegou a atingir os sistemas da CET e a estatal não conseguia informar o número de semáforos sem funcionar.

A falta de energia começou no fim de semana passado, na região da rua 25 de Março. O problema cresceu durante a semana para outras regiões do centro de São Paulo. Os semáforos do cruzamento entre a rua Paim—que ficou às escuras até esta sexta-feira e a avenida 9 de Julho, na Bela Vista, ficaram ao menos dois dias sem funcionar.

Em nota nesta sexta, a concessionária de energia Enel disse que os problemas começaram a partir de danos provocados em distintos circuitos subterrâneos, cuja reparação é complexa e demorada, dada as dificuldades e especificidades desse tipo de rede (galerias subterrâneas). Os circuitos que foram impactados localizam-se nas regiões de Higienópolis, Santa Cecília e 25 de Março.

"A Enel reitera que tem empenhado todos os esforços e recursos para restaurar os parâmetros originais e a configuração das redes afetadas. A companhia também tem disponibilizado geradores de médio e grande porte para abastecer os clientes impactados, enquanto segue trabalhando nos reparos até a plena normalização do serviço", afirmou.

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