Descrição de chapéu Defesa Civil

Palacete em risco de colapso em SP deve ser demolido, aponta laudo da prefeitura

Gestão municipal fará contratação urgente de empresa para derrubar prédio histórico

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São Paulo

Laudo da subprefeitura Sé determina que o palacete histórico na rua Artur Prado, 376, na Bela Vista, deve ser imediatamente demolido por risco de colapso, afirmou a Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira (22).

A Folha mostrou que no dia 13 de janeiro o palacete desabou parcialmente levando riscos para prédio vizinho e pedestres.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que enviará o laudo ao Departamento do Patrimônio Histórico do município, que avaliará o documento para a liberação da demolição do imóvel.

Palacete na rua Artur Prado corre risco de desabamento e segundo um laudo da prefeitura deve ser demolido - Rubens Cavallari/Folhapress

A subprefeitura Sé também iniciou o processo para contratação emergencial de empresa para a demolição do palacete, em razão de ainda não ter conseguido localizar o proprietário.

O palacete, que data de 1913, foi tombado pelo patrimônio histórico em 2002 e está abandonado, sem manutenção, há anos.

O prédio recebeu, a partir de 2011, diversas estacas para ajudar na sustentação. Porém, a Defesa Civil realizou uma vistoria e constatou que ele corre o risco de desmoronar e interditou o casarão. O prédio vizinho teve a área de circulação e o corredor lateral interditados pelo risco de serem atingidos em caso de colapso.

De acordo com o blog São Paulo Antiga, mantido por Douglas Nascimento, presidente do Instituto São Paulo Antiga e integrante do IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo), o palacete foi construído para ser residência da família Ribeiro da Luz até meados dos anos 1980. O engenheiro Cristiano Ribeiro da Luz e a benemérita Vicentina Ribeiro da Luz, pioneira do serviço social em São Paulo, cresceram no local.

Até o começo de 2022, o prédio tinha cerca de R$ 410 mil em IPTU atrasado, segundo a publicação.

Reportagem publicada pela Folha em 9 de agosto de 2011 já mostrava que o imóvel apresentava risco de desabar e era mantido em pé sustentado por escoras. Na ocasião, uma administradora do prédio disse que o IPTU era de R$ 25 mil anuais e que o proprietário não tinha condições de pagar, nem de restaurar o imóvel.

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