O advogado criminalista Daniel Bialski, que defende a primeira-dama Michelle Bolsonaro, juntou-se à defesa do ex-chefe de Polícia Civil fluminense Allan Turnowski. O delegado está preso preventivamente, desde sexta (9), sob suspeita de associação criminosa e envolvimento com o jogo bicho no Rio de Janeiro.
Seu outro defensor, Fernando Drumond, pediu um habeas corpus no última sábado (10), mas a Justiça manteve a prisão preventiva. Turnowski é candidato a deputado federal pelo PL (Partido Liberal).
Segundo a denúncia, o ex-chefe da Polícia Civil "atuava de forma velada e dissimulada", obtendo informações de integrantes da quadrilha do bicheiro Rogério Andrade e as repassando, por meio de outro delegado, para um bicheiro rival.
A denúncia é baseada em mensagens enviadas pelo delegado Maurício Demétrio, preso desde maio do ano passado. Ele é suspeito de cobrar propinas de comerciantes.
Bialski defende Michelle Bolsonaro em ações de danos morais, muitas delas relacionadas ao episódio dos cheques depositados na conta dela por Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro apontado como operador do esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
O advogado também atua na defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que cumpre pena por corrupção, e na do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na acusação de envolvimento no balcão de negócios montado por pastores evangélicos dentro do MEC.
Segundo a assessoria de imprensa do delegado, ele desconhecia o motivo da prisão dele e a atribuiu a "um movimento de perseguição política".
Em vídeo divulgado em suas redes sociais, gravado um mês antes da prisão, o delegado também afirma estar sendo vítima de uma perseguição política.
"Por que vão entrar na minha casa? Por perseguição política, porque vocês sabem que estou forte na minha campanha. E como deputado federal, o jogo vai inverter. Hoje, só vocês podem armar para mim. Mentiras, inverdades, fazer uma costura para tentar me desmoralizar", diz Turnowski, candidato pelo PL.
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