O Corpo de Bombeiros segue sem interrupção as buscas por vítimas em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, após o forte temporal que atingiu a cidade na terça-feira (15) e causou inundações, enxurradas e deslizamentos. Ao menos 94 pessoas, incluindo duas crianças, morreram na tragédia.
Durante a madrugada, os bombeiros usam equipamentos como balão de iluminação, gerador, unidade rebocável de iluminação, refletores, headlamp e lanternas comuns.
"Trabalhar à noite, com pouca iluminação, com solo encharcado, é sempre um desafio", disse o coronel Leandro Monteiro, secretário de Estado de Defesa Civil e comandante dos Bombeiros.
Mais de 500 militares de diversos quartéis trabalham em Petrópolis. Até o momento, foram resgatadas 24 pessoas com vida, além dos 94 corpos.
Os bombeiros acessam todos os pontos considerados seguros para as equipes na cidade.
Foram registradas 359 ocorrências, sendo 293 deslizamentos e 66 desabamentos, quedas de muros e árvores. Mais de 400 pessoas estão abrigadas em 33 pontos de apoio, que funcionam em escolas públicas.
Entre as vias sem acesso estão as ruas Coronel Veiga, Whasington Luiz, Olavo Bilac, Saldanha Marinho, Imperador, Santos Dumont, Dr Sá Earp, Rua Teresa, Rua 24 de Maio, Praça Pauster, Rua Conde D'Eu, Rua Uruguai e Rua Bartolomeu Sodré.
Os corpos começaram a ser retirados na madrugada de quarta, depois que o nível da água baixou, mas ainda não há certeza sobre o número de desaparecidos. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros recebe quem busca informações sobre familiares, e o Instituto Médico Legal (IML) local trabalha para identificar as vítimas encontradas.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro já cadastrou até o início da noite desta quarta-feira (16) 35 pessoas desaparecidas em razão dos deslizamentos. As comunicações estão sendo recebidas pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos.
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