STJ concede liberdade a policiais acusados de matar jovens com 111 tiros
Bruna Fantti/Folhapress | ||
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Carro em que estavam os cinco jovens fuzilados em Costa Barros, na zona norte do Rio |
O ministro Nefi Cordeiro, do STJ (Superior Tribunal de Justi�a), concedeu o direito de responder em liberdade a quatro policiais militares do Rio acusados pelas mortes de cinco jovens. Eles foram assassinados por 111 tiros nas ruas do bairro de Costa Barros, zona norte do Rio, em novembro de 2015. A decis�o do STJ ocorreu no �ltimo dia 14.
Em novembro, Roberto de Souza, Carlos Eduardo da Silva Souza, ambos com 16; Cleiton Correa de Souza, 18; Wesley Castro, 20 e Wilton Esteves Domingos J�nior, tamb�m de 20, seguiam de Madureira em dire��o a uma pizzaria em Costa Barros, onde viviam. Todos eram moradores da favela da Lagartixa, situada no complexo da Pedreira.
Pr�ximo ao bairro, eles foram interceptados por um grupo de policiais do 41� Batalh�o de Pol�cia (Iraj�) que alegaram estar atr�s de assaltantes de carga. Foram disparados mais de 100 tiros, a maioria de fuzil, contra o Palio em que estavam.
Um casal de jovens que passava no local no momento dos disparos tamb�m foi atingido. Eles sobreviveram e prestaram depoimento acusando os policiais.
A corpora��o e depois a Justi�a determinou a pris�o dos policiais F�bio Pizza da Silva, Antonio Carlos Gon�alves Filho, Thiago Rezende Barbosa e M�rcio Darcy Alves dos Santos. Al�m dos homic�dios, um dos policiais, F�bio Pizza, ainda responde por fraude processual por ter colocado uma arma ao lado do carro perfurado de balas para dizer que os garotos estavam armados.
Foi justamente o caso de Pizza que garantiu a liberdade dos PMs. O ministro Nefi Cordeiro determinou a liberdade do policial com base na fraude processual e, assim, estendeu o benef�cio aos outros policiais.
"Eles s�o policiais, funcion�rios p�blicos e n�o h� nenhum dado no processo que indica que eles representem perigo � ordem p�blica. A pris�o � uma medida excepcional. Nenhuma testemunha foi amea�ada. Por isso, o ministro entendeu que devia liber�-los", disse o advogado Edison de Lima, que defende o policial Ant�nio Carlos Gon�alves Filho.
Os outros defensores dos policiais n�o foram encontrados pela Folha. No processo, eles reafirmam que a a��o foi para deter uma quadrilha de roubo de carga.
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