� professor e vice-diretor da Escola de Administra��o de Empresas da FGV-SP.
Na��o start-up
A coluna desta semana foi escrita de Israel, onde me encontro com um grupo de professores, pesquisadores e empreendedores, procurando entender o fen�meno do empreendedorismo neste pa�s, tamb�m conhecido como "start-up nation" em fun��o de milhares de empresas iniciantes de tecnologia que o pa�s produziu nos �ltimos anos.
Ficou clara para n�s a import�ncia de uma pol�tica p�blica integrada em prol do empreendedorismo. A base do esp�rito empreendedor � constru�da ainda no Ex�rcito, obrigat�rio para a grande maioria dos israelenses ""tr�s anos para homens e dois anos para mulheres.
Nas For�as Armadas, os jovens s�o expostos a uma s�rie de desafios e desenvolvem habilidades de lideran�a, tecnologia, trabalho em equipe e toler�ncia ao risco.
Outra iniciativa interessante � o apoio do governo a incubadoras privadas, em que empresas incubadas recebem US$ 300 mil por ano para desenvolver seus projetos, sendo que 85% do valor � bancado pelo pr�prio governo.
Mas nada me chamou mais aten��o quanto as pol�ticas desenvolvidas para receber e integrar ao sistema produtivo os quase 1 milh�o de russos vindos da extinta Uni�o Sovi�tica, muitos dos quais cientistas com excelente forma��o e que tiveram uma contribui��o decisiva para que Israel passasse a ser a start-up nation.
Nos anos 80 e 90, pesquisadores brasileiros se revoltavam contra o "brain drain" ou evas�o de c�rebros, pois muitos pesquisadores brasileiros que conclu�am seus doutorados no exterior acabavam n�o retornando ao pa�s por encontrarem melhores condi��es de trabalho fora. Hoje, temos condi��es de atrair m�o de obra qualificada, em fun��o da crise na Europa e nos Estados Unidos.
Por isso, causam surpresa os recentes protestos contra a entrada de m�dicos ou a dificuldade de engenheiros vindos do exterior reconhecerem seus diplomas no Brasil.
Faltam m�dicos e engenheiros no pa�s e, em vez de desenvolvermos pol�ticas para receber tais profissionais, que levam anos e anos para se formarem, colocamos barreiras inexplic�veis para evitar que trabalhem aqui.
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