� professor e vice-diretor da Escola de Administra��o de Empresas da FGV-SP.
A hora de largar o osso
Uma das maiores virtudes de um empreendedor � saber quando parar. A sa�da de um neg�cio pode se dar por diversos motivos: um deles, o mais frequente, � a fal�ncia financeira. Geralmente, o encerramento das atividades por essa raz�o gera muita frustra��o, sendo comuns relatos de depress�o.
O importante � n�o esperar chegar ao fundo do po�o. Ao perceber que o empreendimento n�o tem mais jeito, muitas vezes pela ado��o de um modelo de neg�cios deficiente, o melhor a se fazer � fech�-lo e partir para outra.
D� um tempo, tire um per�odo sab�tico, volte ao mercado de trabalho, pelo menos at� aparecer a pr�xima ideia. Lembre-se de que, mesmo que a iniciativa n�o tenha dado certo, � inestim�vel toda a aprendizagem que ela lhe proporcionou. Isso certamente ir� lhe ajudar em seus futuros projetos.
Outro motivo que leva as pessoas a largarem a empresa � o cotidiano da opera��o -- atender clientes, contatar fornecedores, resolver problemas com banco, contabilidade etc.
Muitos empres�rios gostam mesmo � de colocar o projeto em p�, encontrar o local, criar o produto, identificar clientes, inovar. Se esse � o seu caso, n�o queira virar um gestor do dia para a noite. Especialize-se em criar neg�cios, e, quando o empreendimento j� estiver a todo vapor, venda e comece outro. No ramo de restaurantes, isso � relativamente comum.
A perda de motiva��o, causada por doen�a ou cansa�o, por exemplo, tamb�m � um sinal para que o empres�rio pense em parar. O empreendedorismo exige uma pessoa 100% focada e, muitas vezes, ao insistir em permanecer � frente do seu neg�cio, voc� pode prejudic�-lo.
Uma empresa n�o � parte da sua fam�lia: desapegue-se. O melhor a fazer � encontrar um sucessor, contratar um gestor ou at� mesmo passar o empreendimento para a frente.
Hoje, j� existem no Brasil companhias que intermedeiam a compra e a venda de empresas. Mas lembre-se: se essa for sua op��o, � muito importante que a opera��o apresente lucro, caso contr�rio a negocia��o ser� muito mais dif�cil e com valores pouco atrativos. Por isso, o melhor � n�o esperar a situa��o ficar cr�tica.
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