Começou como brincadeira, acabou como desafio... ou vice-versa. Esta Copa cervejeira obedeceu os mesmos países dos grupos do Mundial da Rússia, assim, lamentamos a ausência de Itália e Holanda, e choramos aos soluços pela falta de Estados Unidos e República Checa.
Por fim, a ideia era tentar falar sempre que possível de cervejas que podem ser encontradas no Brasil, ou que este escriba já provou. Confira como ficaria este Mundial.
1º do Grupo A
Rússia
Graças a Baltika, os donos da casa saem em primeiro no grupo. A cerveja é numerada, como a escalação de um time, e um dos destaques é a número 6, uma porter com aroma de café e chocolate
2º do Grupo A
Uruguai
Sim, existem artesanais uruguaias, mas este colunista nunca as provou e nem as encontra por aqui. Sendo assim, eles se seguram com o segundo lugar com as populares Norteña e Patricia
1º do Grupo B
Espanha
A armada cervejeira espanhola tem entre seus destaques a Estrella Galicia 1906 (ano da inauguração da fábrica), de coloração âmbar e amargor moderado
2º do Grupo B
Portugal
Se fosse a Copa do Chá, Irã e Marrocos seriam favoritos. Sorte de Portugal que é cerveja, assim dá para se classificar com a Super Bock, que não chega a ser nenhum Cris Ronaldo
1º do Grupo C
França
Os Azuis ganham vaga fácil na primeira fase com as cervejas do pub tipicamente francês Les 3 Brasseurs, em pleno Itaim Bibi, com seis estilos em sua carta, incluindo a refrescante Blonde
2º do Grupo C
Dinamarca
Com a nada sutil latão de 1 litro da Faxe, a Dinamarca atropela por fora e fica com a segunda vaga do grupo, desbancando Austrália e Peru
1º do Grupo D
Argentina
Para carregar o piano cervejeiro argentino sempre tem a Quilmes, mas a Patagônia pode representar melhor o país; pena que pararam de trazer a excelente Antares, o Messi deles)
2º do Grupo D
Islândia
Ok. É falta de opção. Dá para morrer sóbrio por aqui se esperar cerveja da Nigéria ou Croácia. Mas sim, esse colunista já tomou uma islandesa, uma típica arctic pale ale da Einstök!
1º do Grupo E
Brasil
O Brasil se classifica em primeiro com tranquilidade diante da inexistência de concorrentes. Para a primeira fase, uma gaúcha Coruja Extra Viva, como Tite
2º do Grupo E
WO
Acreditamos em bons rótulos da Sérvia ou da Suíça, mas nunca vimos. Da Costa Rica, menos ainda. Grupo de morte
1º do Grupo F
Alemanha
Ah, os alemães. Primeira fase, poupando jogadores, com uma Erdinger Pikantus, uma weizenbock, mais acobreada
2º do Grupo F
Suécia
O México estava a um gole da vaga, mas a Suécia correu por fora com a ótima Omnipollo Perikles, uma lager com aveia
1º do Grupo G
Bélgica
Grupo tranquilo para os belgas, que saem na frente com a refrescante Vedett, uma tradicional witbier
2º do Grupo G
Inglaterra
A Inglaterra também não tem dificuldades e vai às oitavas com a London Pride, presente em nove de cada dez pubs paulistanos
1º do Grupo H
Japão
Reza a lenda que o Japão faz ótimas artesanais, conquistandos prêmios mundo afora. Aqui tem Sapporo e Kirin Ichiban
2º do Grupo H
WO
O mais próximo que tomei de uma cerveja polonesa foi uma Lion Polski, de São Paulo. Colômbia e Senegal, nem perto. Outro grupo de morte
OITAVAS
Rússia x Portugal
A Baltika ainda pode colocar em campo a Export nº 7; sem um astro a altura, os portugueses caem por aqui
França x Islândia
Islândia está fora só por tentar comercializar uma cerveja feita com testículos de baleia. Doping! Allez Bleus
Espanha x Uruguai
Como reforço, a espanhola 1906 tem ainda a opção red vintage, mais avermelhada e alcoolizada, golaço contra os uruguaios
Argentina x Dinamarca
Com poucas alternativas, a Argentina sucumbe diante do urso dinamarquês: a Bear Beer, com sugestões como a extra strong
Brasil x Suécia
Ataque de IPA paulista para cima dos suecos, com as lupuladas Dogma Hop Lover ou Vó Maria In Concert; tabelinha de aroma e amargor
Bélgica x WO
Sem rival, belgas passam com mais uma campeã de vendas por aqui, a Duvel, uma strong golden ale bem dourada
Alemanha x WO
Mais um que passa por W.O. Em campo, para cumprir tabela, a popular Paulaner Hefe Weiss, conhecida como “a cerveja do café da manhã”
Inglaterra x Japão
Com a Old Speckled Hen, mais uma pale ale digna de pub, a Inglaterra passa fácil pelos japoneses
QUARTAS
Rússia x França
Entra em campo a Triple Secret des Moines, uma cerveja de abadia francesa com jeitnho belga. E os donos da casa estão fora
Espanha x Dinamarca
Nascida na Dinamarca, a Evil Twin resolve a disputa com uma india pale ale com suco de limão, a Lemonade IPA
Brasil x Bélgica
O Brasil tem estilo, a Catharina Sour (com base na berliner weisse); mas Deus é belga! Cerveja do estilo champenoise. É o suficiente
Alemanha x Inglaterra
Clássico! Os ingleses têm a forte Strong Sufolk; mas os alemães contra-atacam com uma robusta Ayinger Doppelbock. Vitória na prorrogação
SEMI
França x Bélgica
Os franceses bebem da escola belga. Derrota inevitável. Belgas passam com a Delirium Tremens, uma das melhores no mercado
Dinamarca x Alemanha
Dinamarqueses jogaram todas as fichas e perdem para outra boa variação de trigo alemã, a Ustersbacher Dunkle Weisse
FINAL
Bélgica x Alemanha
A fabricação alemã é precisa, mas os belgas têm as trapistas: Achel, Chimay, Orval, Rochefort... um embriagante 7 a 1
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