O governo Lula está a ponto de derrubar uma saraivada de sigilos de 100 anos impostos pelo governo Bolsonaro. Quando vierem a público os fatos que Bolsonaro precisou esconder, as reações são previsíveis. Da maioria, um estupor geral —nem nós imaginávamos a que extremos se chegou em corrupção e mentira. E, de muitos papalvos que levaram quatro anos acreditando em tudo o que ele dizia, uma queda das nuvens. Descobrirão que Bolsonaro tinha razão ao fazer de seu governo um segredo de Estado. Nenhum governo sobreviveria a tal abominação posta a nu.
Qual sigilo quebrado será mais chocante para os bocós dos cercadinhos? Uma possibilidade é o cartão de vacinação de Bolsonaro. Imagine se, depois de ouvi-lo negar mil vezes a vacina, adiar a compra dela por meses e sabotar a vacinação sugerindo que ela os faria virar jacaré ou contrair HIV, seus seguidores descobrirem que Bolsonaro vacinou-se em segredo e sempre esteve protegido para circular sem máscara? Como reagirão os infelizes que, fiéis a ele, não vacinaram a si nem a seus pais e estes morreram de Covid?
Outra quebra fascinante dirá respeito ao sinistro cortejo clandestino ao Planalto de capangas de toga, pastores corruptos e valentões bombados para se encontrar com Bolsonaro ou seus filhos. Estes, por sua vez, renderão quebras de sigilo em penca, a começar pelos contorcionismos legais para corromper juízes e impedi-los de mandar o 01 para as grades pelas "rachadinhas".
O grande favorito, claro, é o caso de Eduardo Pazuello, o general office-boy de Bolsonaro, pivô de duas façanhas insuperáveis: desmontou o Ministério da Saúde e desmoralizou as Forças Armadas.
Quanto a mim, espero ansioso pelas informações sobre os gordos financiamentos da Caixa Econômica aos cantores sertanejos e demais artistas da admiração de Bolsonaro. De posse delas, saberemos enfim o significado real da palavra mamata.
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