![ronaldo caiado](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15184344.jpeg)
� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
Hipertrofia do Estado � a fonte da crise
Caros leitores, este artigo encerra uma fase de colabora��o minha com a Folha, iniciada em julho de 2015. Em 2018, darei in�cio � campanha para governador de Goi�s e, nos termos das regras acordadas com este jornal, n�o me ser� poss�vel acumular a condi��o de candidato com a de articulista. Muito justo.
Agrade�o a oportunidade que me foi dada e espero em algum momento futuro retom�-la. Foi um per�odo prof�cuo, em que tive o privil�gio de me dirigir a uma plateia empenhada em decifrar esta esfinge que � o Brasil contempor�neo.
Penso ter colaborado. Procuro exercer a pol�tica, hoje t�o aviltada, nos termos em que a concebia Arist�teles, como a mais nobre das atividades humanas. Acredito na pol�tica e creio que s� ela � capaz de solucionar os problemas que ela mesma cria.
Vejo o Brasil diante de uma daquelas encruzilhadas hist�ricas que definem por gera��es o destino das na��es. O colapso institucional –natureza da presente crise– � tamb�m a oportunidade de refundar a Rep�blica, em bases mais s�lidas, do ponto de vista moral e estrutural.
A crise acordou a sociedade, que se tornou participativa, atuante, manifestando-se nas redes sociais, hoje convertidas em tribuna livre da cidadania. � ali que o embate eleitoral j� est� sendo travado. Com todas as impurezas decorrentes do facciosismo que invadiu as redes, h� a voz do cidad�o comum, at� h� pouco um ente passivo, que hoje se faz ouvir. E ai de quem o ignorar!
O grande vil�o do desconcerto que vivemos –pol�tico, econ�mico, social e moral– � o Estado hipertrofiado, disfuncional e ingovern�vel, para�so dos que chegam � vida p�blica n�o para servir, mas para delinquir. O ambiente tornou-se convidativo.
O que temos assistido nos �ltimos tempos –13 anos e meio da era PT e o ano e meio de governo Temer– � a potencializa��o, num grau impens�vel, de mazelas hist�ricas. Corrup��o sempre houve, mas n�o na escala que se estabeleceu, sist�mica, que banalizou o bilh�o e at� o trilh�o.
O que j� veio � tona at� aqui –e ainda h� mais por vir– nos coloca como campe�es mundiais em corrup��o. O que se desviou � superior ao PIB de muitos pa�ses.
A lenda de que o PT tirou milh�es da pobreza � outra balela recentemente desmentida: pesquisa do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) sustenta o contr�rio.
Entre 2014 e 2015, segundo mandato de Dilma Rousseff, nada menos que 4,1 milh�es de brasileiros ingressaram na linha da pobreza. Desse total, 1,4 milh�o est� na extrema pobreza. Na mis�ria. Os dados fazem parte do Radar IDHM, estudo feito pelo Ipea com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), do IBGE.
Somem-se a esses dados os 14 milh�es de desempregados, que os petistas querem lan�ar na conta de Michel Temer. Faria sentido apenas se se considerasse que Temer foi vice de Dilma e apoiou todos os governos petistas, sendo assim, ainda que figurativamente, parceiro na constru��o dessa trag�dia.
O Brasil � ainda campe�o mundial em homic�dios (cerca de 70 mil por ano) e exibe os piores �ndices de desempenho escolar. � esse o passivo que temos de resolver. Os n�meros assustam, mas o Brasil � bem maior que seus problemas. H� sa�da.
O diagn�stico � o ponto de partida para a terap�utica. J� o temos. Reformando o Estado, tornando-o mais enxuto, transparente e funcional, daremos um grande passo para reorganizar o pa�s.
A equa��o � simples; consiste em tornar o Estado servidor da sociedade. Essa � a luta que continuarei a travar, n�o importa se no Executivo ou no Legislativo.
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