� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
As digitais do PT na trag�dia venezuelana
Ronaldo Schemidt/AFP | ||
O ditador venezuelano, Nicol�s Maduro, celebra os resultados da Assembleia Constituinte, em Caracas |
A destrui��o pol�tica, econ�mica e moral da Venezuela, pa�s que at� a d�cada de 1990 exibia uma das mais s�lidas economias da Am�rica Latina, n�o � quest�o alheia ao Brasil. Muito pelo contr�rio.
� fruto de um projeto revolucion�rio socialista, denominado bolivariano —refer�ncia a Sim�n Bol�var, libertador da Am�rica hisp�nica.
Foi urdido no Foro de S�o Paulo, entidade criada por Lula e Fidel Castro, em 1990, com o objetivo de propiciar a ascens�o da esquerda ao poder em toda a Am�rica do Sul e Caribe.
Teve �xito inicial, levando a esquerda ao governo de pa�ses como Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bol�via, Peru, Equador e Nicar�gua. Mas fracassou: perdeu os seus principais atores, Argentina e Brasil, e os demais est�o n�o apenas falidos mas em processo de convuls�o social. Inclusive n�s.
A Venezuela, por�m, � o que espelha em grau mais tr�gico a �ndole desse projeto totalit�rio, que imp�s grav�ssimo retrocesso ao continente, devolvendo-o � pobreza cr�nica. O mais triste de tudo � que coube ao Brasil sustentar economicamente esse projeto.
Foi o pr�prio Lula, em reuni�o do Foro, quem disse que "o Brasil, como a mais poderosa economia continental, tem a responsabilidade de sustentar esse projeto".
Isso explica n�o apenas a rapina petista ao Estado brasileiro mas a ascens�o do crime organizado no continente, pela presen�a no Foro das Farc (For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia).
O PT e seus sat�lites associaram-se a esse projeto e passaram a agir segundo as ordens que dele emanavam.
At� a pol�tica externa, que obedecia n�o ao Itamaraty mas ao PT, por meio do seu coordenador de Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, submetia-se aos ditames do Foro, em escandalosa ilegalidade.
Em 2005, Lula gabou-se de ter "inventado o Hugo Ch�vez". N�o apenas o inventou como lhe deu sustenta��o pol�tica, econ�mica e log�stica, esta em parceria com Cuba, que inclusive infiltrou seus agentes na alta oficialidade das For�as Armadas venezuelanas.
Relat�rio desta semana do Alto Comissariado da ONU de Direitos Humanos, impedido de entrar no pa�s, constatou o massacre: 124 mortes "relacionadas com as manifesta��es".
Destas, as for�as de seguran�a s�o "alegadamente respons�veis" por pelo menos 46, e os coletivos pr�-governo s�o "alegadamente respons�veis" por 27. Quanto �s restantes 51, diz a ONU, "n�o � claro quem foram os respons�veis". Bem, o povo com certeza n�o foi.
H� ainda relatos de "choques el�tricos e espancamentos com capacetes e paus enquanto os detidos est�o algemados"; de detidos "pendurados pelos pulsos por longos per�odos"; de "asfixia por g�s", de "amea�as de morte" e de "amea�as de viol�ncia sexual contra detidos ou seus familiares". O n�mero de presos pol�ticos subiu para 359, segundo a ONG FPV (Foro Penal Venezuelano).
Fala-se agora em confisco de bens privados pelo Estado, na sequ�ncia de uma Constituinte em elei��o fraudada e diversas viola��es �s institui��es, como o afastamento da procuradora-geral Luisa Ortega D�az.
Diante disso, n�o h� como n�o considerar branda a mera suspens�o da Venezuela do Mercosul, por viola��o � cl�usula democr�tica. O governo brasileiro, que neste momento preside a institui��o, foi leniente ao n�o concordar com a sum�ria expuls�o.
Quem se dispuser a ler os Cadernos de Tese do 5� Congresso do PT, em Salvador, em 2015, h� de constatar que o partido via no segundo governo Dilma o momento de avan�ar no projeto revolucion�rio, nos moldes venezuelanos.
Disso escapamos, mas as digitais do PT est�o impressas de modo indel�vel na trag�dia venezuelana.
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