![ronaldo caiado](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15184344.jpeg)
� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
Esquerda delinquente gerou crise
Alan Marques/Folhapress | ||
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Manifestante � expulso da vota��o da PEC do Teto |
A esquerda, PT � frente, n�o se cansa de plagiar a si mesma, colocando-se sempre na contram�o de qualquer iniciativa que tenha como meta sanear e dar racionalidade � economia.
Assim como, no passado, se op�s ao Plano Real e � Lei de Responsabilidade Fiscal –e � pr�pria Constitui��o de 1988, que n�o quis assinar–, hoje se op�e � proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos p�blicos.
A alega��o � que a PEC 241 vai impor cortes em programas sociais, sobretudo em educa��o e sa�de, o que n�o � verdade.
Os cortes come�aram bem antes, no pr�prio governo Dilma Rousseff, pelo simples fato de que n�o havia, como n�o h�, mais dinheiro. Gastou-se –e muito mal– o que se tinha e o que n�o se tinha. E foi por essa raz�o que o atual governo se viu premido a p�r um freio de arruma��o nas contas p�blicas, proposto por essa PEC.
Caso n�o o fizesse, o pa�s caminharia para a insolv�ncia, restando-lhe o calote da d�vida (que afastaria de vez os investimentos), o descontrole inflacion�rio (com emiss�o sem lastro de moeda para pagar obriga��es) ou o aumento de impostos, algo impens�vel num pa�s que exibe uma das maiores cargas tribut�rias de todo o planeta.
Mas a milit�ncia esquerdista omite essa realidade e o que a ocasionou: a tal "nova matriz econ�mica", insensatez concebida no governo Dilma, que, entre outras tr�gicas consequ�ncias, imp�s um corte de R$ 10,2 bilh�es na educa��o e suprimiu 24 mil leitos do SUS. A bagun�a desembocou num Or�amento negativo, com um deficit de in�ditos R$ 170 bilh�es.
Sem reconhecer sua responsabilidade na ru�na econ�mica do pa�s, a esquerda tenta difundir a ideia de que tudo n�o passa de perversidade da "direita", que n�o se conformaria com as conquistas sociais dos pobres, proporcionadas pelos governos petistas.
Bem, essas "conquistas sociais" est�o tamb�m condensadas em n�meros: 12 milh�es de desempregados, milhares de empresas fechadas em todo o pa�s, al�m de estatais saqueadas, como a Petrobras, e aposentados lesados pela delinqu�ncia partid�ria.
A PEC 241 n�o prop�e cortes ou congelamento dos gastos sociais. Limita a corre��o da despesa prim�ria do governo � infla��o do ano anterior. Educa��o e sa�de podem ter seus gastos ajustados at� acima da infla��o, desde que haja redu��o em outras rubricas.
A isso, se chama estabelecer prioridades. Gest�o. Se educa��o e sa�de o s�o –e o governo Temer assegura que sim–, haver� meios de demonstr�-lo a partir dos procedimentos estabelecidos pela PEC e do manejo or�ament�rio.
H� experi�ncias an�logas e bem-sucedidas em pa�ses que adotaram o mesmo caminho, como Austr�lia e Peru, que, a partir de um retorno � aritm�tica elementar, em que dois mais dois ser�o sempre quatro, conseguiram recuperar suas economias.
Essa PEC n�o esgota o universo de provid�ncias necess�rias ao rearranjo da economia nacional. Mas � o primeiro e indispens�vel passo.
A natureza meramente predadora dos protestos oposicionistas se revelou no comportamento que o PT e seus sat�lites (PSOL, Rede, PCdoB) adotaram nesta semana ao obstruir a vota��o de duas propostas que injetaram R$ 1,1 bilh�o para a educa��o, sendo mais de R$ 700 milh�es para o Fies, medida que beneficiar� 2 milh�es de estudantes. A mesma esquerda que acusa a PEC 241 de retirar verbas da educa��o.
Como explicar essa contradi��o? Simples: n�o se explica. Apenas reconstitui o padr�o hist�rico do PT, que investe no caos para dele emergir como for�a redentora. S� que o povo, escaldado pela crise e pelos esc�ndalos, n�o cai mais nessa ret�rica golpista.
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