![ronaldo caiado](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15184344.jpeg)
� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
Dilma prepara o golpe
O governo do PT, no desespero dos sucessivos flagrantes a que a Opera��o Lava Jato o submete, busca desafiar as evid�ncias, a Pol�cia Federal, o Poder Judici�rio e os brasileiros. Para isso, n�o economiza no uso de mentiras contra as institui��es democr�ticas. "N�o vai ter golpe!" se tornou slogan de Dilma, Lula e do reduzid�ssimo n�mero de apoiadores desse desgoverno tomado pela corrup��o em todos os seus n�veis.
Os governistas golpeiam o Estado democr�tico de Direito e a intelig�ncia dos brasileiros. N�o � toa, sempre quando questionados sobre as den�ncias e as provas de corrup��o, respondem com essa frase de (d)efeito mais gasta que a imagem deles nestes �ltimos 14 anos. � como o gatuno que, ao bater a carteira alheia, grita "pega ladr�o!", manobra que n�o resiste ao mais banal dos exames.
O que � um golpe, sen�o a ruptura da ordem constitucional? Portanto, a Constitui��o n�o pode regul�-lo e a ele s� se refere para estabelecer puni��es. A Constitui��o prev� o impeachment (artigos 51, 52 e 85), nos casos dos crimes de responsabilidade. N�o bastasse, o Supremo Tribunal Federal, guardi�o da Constitui��o, regulou o seu rito.
E ministros j� deram declara��es sobre a legalidade do impeachment e da Lava Jato, como Dias Toffoli e C�rmen L�cia, em sintonia com Carlos Velloso e Carlos Ayres Britto, dois ex-presidentes do STF. Sergio Moro age com rigor constitucional; suas decis�es, submetidas aos tribunais superiores, t�m sido confirmadas na quase totalidade (96%).
Opor-se ao impeachment, e n�o aos argumentos que o embasam, � o que se chama contradi��o em termos –tese que se autodesmente; chicana jur�dica, artif�cios processuais para impedir que se fa�a justi�a. Mas h� bem mais. Enquanto a OAB nacional apoiava a sa�da democr�tica da presidente, houve uma inacredit�vel reuni�o nesta semana da presidente com juristas chapa-branca. Uma afronta ao interesse p�blico. O Pal�cio foi profanado, povo e institui��es –Congresso e Judici�rio, imprensa–, insultados, a Constitui��o, pisoteada. A presidente transformou o Planalto em palanque, o bem p�blico, em sede partid�ria. Um governo � eleito por uma parte do eleitorado para governar o todo –e o que faz tem de corresponder ao interesse de todos. N�o �, obviamente, o caso, como demonstram pesquisas e manifesta��es de rua.
A presidente n�o se contentou em restringir tais delitos ao �mbito do pa�s. Convocou 40 embaixadores para difundir ao mundo a cal�nia do golpe. Os presidentes da Bol�via, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolas Maduro, fazendo eco a Dilma, prometeram agir caso ela seja deposta.
N�o ficou claro o que pretendem: invadir o Brasil? Simultaneamente, os tais "movimentos sociais" –e � indispens�vel mencion�-los entre aspas, pois s�o bra�os partid�rios, providos com dinheiro p�blico– decidem reverberar, na sua linguagem carn�vora, os destemperos palacianos. Guilherme Boulos, do MTST, fazendo coro a Jo�o Pedro St�dile, do MST, promete "incendiar o pa�s". O mantra da guerra civil, estimulado por Lula, � repetido pela milit�ncia Brasil afora.
Promovem essa suposta insurg�ncia com um �nico prop�sito: decretar Estado de Defesa, buscando apoio militar. � ir�nico: Dilma quer buscar nos quart�is a sua pr�pria salva��o. O governo j� estaria consultando o Minist�rio da Defesa. Assim, seriam restritos direitos a reuni�es, sigilos de correspond�ncia e de comunica��o. Tudo o que um governo ca�tico deseja: fugir das graves den�ncias e restringir a liberdade de seus cidad�os. Esse � o verdadeiro golpe de que Dilma, Lula e o PT tanto falam.
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