� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
�s ruas pela democracia
O mote da grande manifesta��o nacional deste domingo (13) � direto: "Ou voc� vai ou ela fica". � evidente a evolu��o de um processo de indigna��o popular que come�ou heterog�neo e que hoje, alavancado por uma crise econ�mica e pelo avan�o da Lava Jato, atinge sua maturidade para uma �nica proposta: o impeachment da presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff.
Uma vez iniciado o processo, falta apenas um elemento para que a presidente deixe o cargo: a press�o popular sobre o Congresso Nacional, sem nenhuma autonomia para liderar esse momento. Melhor assim. � preciso ser guiado pela voz das ruas, pela for�a da mobiliza��o social, pelo grito insistente de milh�es de brasileiros que devem exigir, como faremos amanh�, com que a C�mara dos Deputados respeite sua fun��o como casa do povo.
Por outro lado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que julga a cassa��o da chapa presidencial por ter sido financiada com dinheiro do petrol�o, tamb�m precisa entender a urg�ncia em avan�ar com uma resolu��o para esse imbr�glio. As provas s�o irrefut�veis. Que respeitem as prerrogativas democr�ticas.
Com 191 mil empresas fechadas e a perda de 1,5 milh�o de empregos, em 2015, n�o h� um brasileiro que n�o conhe�a um pequeno comerciante que quebrou, um familiar que perdeu o trabalho, um jovem que n�o consegue encontrar sua primeira ocupa��o. O sentimento une a todos. Por mais que tentem dividir a popula��o e atacar as institui��es democr�ticas, como se fossem a Justi�a, o Minist�rio P�blico, a Pol�cia Federal, a imprensa e a oposi��o os respons�veis pela crise sem precedentes, a urg�ncia para a mudan�a da condu��o pol�tica do pa�s � desejada por ampla maioria.
O Brasil enfrenta hoje uma grande amea�a � sua democracia. O l�der maior da organiza��o que est� sendo desmontada na Lava Jato tem apelado para promover um clima de instabilidade civil, convocando a milit�ncia a agir pela desordem. Mais grave do que Lula desdenhar do Poder Judici�rio e das institui��es, s� mesmo o gesto de Dilma de se deslocar � custa do er�rio para manifestar apoio a um investigado da Justi�a.
Jamais uma presidente da Rep�blica, na liturgia do cargo de chefe de Estado, deve prestar solidariedade a um presidi�rio em potencial que questiona atributos de um poder aut�nomo e independente. O Executivo n�o pode interferir no andamento do Poder Judici�rio nem validar qualquer comportamento nesse sentido.
O resultado foi sentido nesta semana: o "ex�rcito de St�dile" j� est� nas ruas. Convocado por Lula e legitimado por Dilma, realizou invas�es aos �rg�os de imprensa, estatais, empresas privadas, agrediu populares, depredou espa�os p�blicos. A CUT e outras massas de manobra do PT amea�am entrar em confronto com a popula��o que pede o impeachment. Apostam na tese da convuls�o social validados pelo olhar seletivo do governo. Mas o Minist�rio da Justi�a est� devidamente notificado por um of�cio de minha autoria para garantir a seguran�a dos manifestantes. Ser� inadmiss�vel que um evento marcado h� 90 dias seja desestabilizado porque a Lava Jato chegou a Lula.
Por isso, afirmo � na��o: v� �s ruas, exer�a o seu dever, lute pelo seu pa�s. Como bem disse o ent�o bispo-auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, dom Darci Jos� Nicioli, depois promovido pelo papa Francisco: "Pe�a, meu irm�o e minha irm�, a gra�a de pisar a cabe�a da serpente. De todas as v�boras que existem e persistem em nossas vidas. Daqueles que se autodenominam jararacas. Pisar a cabe�a da serpente. Vencer o mal pelo bem".
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