![ronaldo caiado](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15184344.jpeg)
� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
A for�a das institui��es, apesar do PT
A mais emblem�tica frase proferida durante o julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) veio da conclus�o do relator Augusto Nardes: "As na��es fracassam quando as institui��es deixam de cumprir sua miss�o".
Nada mais marcante para um momento �mpar da nossa hist�ria, em que um �rg�o de Estado, ao emitir seu ju�zo t�cnico, confirma uma suspeita que todos os brasileiros j� alimentavam: Dilma ruiu as contas p�blicas do pa�s para ganhar a elei��o em 2014. O PT cumpriu a promessa de "fazer o diabo" para manter o seu projeto de poder.
Mais que o reconhecimento oficial das chamadas "pedaladas fiscais", o julgamento do TCU empresta ainda mais legitimidade ao processo de impeachment no Congresso Nacional. O TCU deu sinal verde para que o pedido de impeachment protocolado por Helio Bicudo e Miguel Reale J�nior possa, agora com mais raz�o, tramitar.
O recebimento da den�ncia dever� ser formalizado ainda neste m�s, levando � instala��o, na C�mara dos Deputados, de comiss�o respons�vel pela primeira an�lise do pedido de impeachment.
� preciso civicamente comemorar essa demonstra��o de autonomia e independ�ncia do TCU. Nos �ltimos meses, n�o foram poucas as investidas —muitas delas desesperadas— contra a idoneidade e a legitimidade de �rg�os de Estado respons�veis pelo controle da atividade dos governantes.
Noutra vertente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que abriu importante a��o nesta semana, com subs�dios para cassar o mandato eletivo da chapa de Dilma e Michel Temer, tamb�m vem sofrendo ataques e questionamentos.
N�o nos esque�amos que est� no DNA do PT atacar, desqualificar e destruir quem est� em seu caminho, mesmo que isso signifique um ataque direto �s pr�prias institui��es do democr�tico Estado brasileiro.
Acuado, tenta transformar uma crise pol�tica numa crise institucional ao atentar contra o TCU, o TSE e contra quem mais represente uma amea�a ao objetivo maior do partido —sua perpetua��o no poder.
O pr�prio STF (Supremo Tribunal Federal), inst�ncia m�xima do Poder Judici�rio, foi alvo de press�o indevida do Executivo e se manteve firme em sua fun��o constitucional.
Acusar institui��es que representam mecanismos de controle ao governo federal de "golpistas" � de um nonsense digno de uma linha de defesa que n�o encontra mais argumentos para se manter em p�.
"Golpe" seria permitir que a hipertrofia do Executivo viesse a obstruir ou sufocar o desempenho das fun��es institucionais dos demais poderes. E � isso o que ainda nos diferencia de uma Venezuela, onde os poderes est�o todos submissos � vontade do ditador caudilho Nicolas Maduro, o amigo de Dilma e de Lula.
O ex-presidente, por sinal, tem uma vis�o bastante peculiar sobre o uso das institui��es brasileiras e de suas fun��es. Ao deixar o cargo, se transformou em lobista oficial do financiamento do BNDES para obras de "companheiros" no exterior e se comporta como o dono da chave do cofre do banco p�blico de desenvolvimento.
Mas se fez isso foi pela falta de pulso da presidente Dilma, que n�o consegue ter controle sequer sobre os setores mais estrat�gicos do Estado e cometeu o crime de negociar o comando da sa�de p�blica do pa�s.
Os motivos para o impeachment j� est�o mais do que presentes e agora seguem robustecidos por uma decis�o oficial de um �rg�o estatal de controle. Quando o PT quis violar a autonomia de institui��es como TCU, TSE e STF, todos eles deram uma resposta em prol do Brasil. Cabe agora ao Congresso Nacional dar a sua.
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