![ronaldo caiado](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15184344.jpeg)
� senador pelo DEM-GO.
Escreve aos s�bados,
a cada duas semanas.
O impeachment � inevit�vel
Existe uma diferen�a enorme entre descrever a dor e sentir a dor. Descrever a dor, por mais que a gente tenha capacidade de interpretar, jamais conseguir� retratar sua intensidade. Dor n�o se define, se sente e se busca tratamento.
N�s relatamos os problemas e as perspectivas de agravamento do quadro econ�mico-social, mas falhamos em conseguir transferir para a popula��o brasileira as consequ�ncias e o que ainda estava por vir do colapso resultante desse governo. O brasileiro sente hoje a dor causada pelo desemprego, infla��o, perda de direitos, aumento da carga tribut�ria e da corrup��o.
Agora vivemos a realidade como ela �. Junto � queda dos setores de servi�os e industrial, o �ltimo pilar da economia brasileira que ainda mostrava musculatura para sobreviver aos desmandos do PT foi atingido. A agropecu�ria j� convive com escassez de cr�dito, com taxas mixadas atingindo valores de mais de 20% ao ano e a explos�o no pre�o de insumos tabelados em d�lar. N�o h� mais setor, regi�o ou classe imune � crise.
Esta semana atestamos que o mundo j� entende aquilo que n�s assistimos h� tempos: a total incapacidade da presidente Dilma para governar o pa�s; a aus�ncia de legitimidade para coordenar um projeto de governo; e as atitudes descoordenadas de sua equipe, que adotou a pol�tica do "Topa Tudo por Dinheiro" —desde recriar e aumentar impostos at� transformar a Receita Federal em lavanderia para repatriar dinheiro de origem il�cita. E o que mais puder tirar do bolso do brasileiro para tapar o rombo causado pelo PT.
Esse cen�rio foi diagnosticado pelas ag�ncias especializadas, influenciando todo o mercado de investimentos internacionais. N�o foi preciso mais de oito meses de segundo mandato para entender o descontrole fiscal do pa�s que foi ocultado na campanha de 2014. O descr�dito de Dilma cresceu de forma ainda mais r�pida com o rebaixamento do grau de investimento do pa�s para um grau especulativo. O problema se estendeu para al�m do governo, atingindo tamb�m empresas p�blicas.
Esta semana, no entanto, podemos vislumbrar a primeira proposta concreta de sa�da para essa crise. Se recentemente citei a indefini��o de for�as pol�ticas para atender aos anseios dos brasileiros, o passo mais importante come�ou a ser dado pelo Congresso, onde deputados e senadores instalaram um movimento coeso e suprapartid�rio Pr�-Impeachment.
Teremos, a partir de agora, uma sintonia, um canal de comunica��o com os brasileiros. Iremos, por meio dessa colabora��o, fundamentar a abertura formal do pedido de impeachment de Dilma ao plen�rio da C�mara dos Deputados, institui��o que tem a prerrogativa constitucional de autorizar o processo. O julgamento fica a cargo do Senado.
Esse gesto precisa estar ligado � articula��o de todos os brasileiros. Para tal, existe o abaixo-assinado no site do movimento que promete mostrar a for�a expressiva da maioria dos brasileiros.
Ao mesmo tempo, � preciso sensibilizar e convencer cada parlamentar para que venha a ingressar no movimento que tem como �nico objetivo alforriar o povo brasileiro da corrup��o, dos desmandos e da incompet�ncia. A crise n�o tem outro DNA sen�o o do modelo petista do governo.
Esse 10 de setembro, data que marcou o in�cio do movimento, passou a ser um dia hist�rico. Conseguimos conciliar o clamor da popula��o com a��es concretas. A governan�a da corrup��o est� com os dias contados.
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