� rep�rter especial. J� foi correspondente em Washington, Nova York, Pequim e Buenos Aires, e editor de 'Mercado'. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.
Edif�cio C�cero Prado assistiu � decad�ncia de Campos El�seos
Gregori Warchavchik projetou e construiu este edif�cio na avenida Rio Branco 25 anos depois de inaugurar a sua famosa Casa Modernista, na Vila Mariana. O arquiteto judeu russo, naturalizado brasileiro, tinha acabado de criar sua pr�pria construtora, em 1953, ap�s d�cadas de percal�os da arquitetura moderna por aqui: venceu concursos, que jamais sa�ram do papel; a clientela pedia o que j� conhecia, olhando sempre pelo retrovisor, atr�s de adornos de �pocas e geografias distantes; e os minguados honor�rios pelos projetos lhe ensinaram que o melhor, mesmo, era construir.
Esse primeiro edif�cio da construtora, com 17 andares e em formato de U, um marco em Campos El�seos, assistiu a decad�ncia da �rea de seus espa�osos terra�os. A promissora vizinhan�a decaiu na d�cada seguinte. Em 1965, o governo estadual trocou sua sede no vizinho Pal�cio dos Campos El�seos para o cavernoso Pal�cio dos Bandeirantes, no Morumbi. Dezenas de reparti��es e milhares de funcion�rios p�blicos deixaram o bairro.
A uma quadra dele, em 1969, foi inaugurado um viaduto ligando a Rio Branco � avenida Rudge. Ali, o Moinho Central, vivia seu longo decl�nio. No in�cio dos anos 1990, a favela do Moinho surgiu.
Nos �ltimos anos, v�rios novos pr�dios da seguradora Porto Seguro apareceram para fazer companhia ao C�cero Prado, enquanto prometidos projetos de requalifica��o do poder p�blico n�o d�o o ar da gra�a.
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A coluna "Sabe Aquele Pr�dio" � publicada aos domingos a cada 15 dias na "revista s�opaulo"
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