![pvc](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/1507436.jpeg)
� jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, tamb�m � comentarista. Escreve aos domingos
e segundas-feiras.
Luxemburgo era genial
Vanderlei Luxemburgo nunca foi um pop star como Jos� Mourinho ou Pep Guardiola. Mas, assim como a torcida do Chelsea canta o nome do treinador portugu�s, houve um tempo em que o Palmeiras entrava em campo e ouvia-se das arquibancadas o coro: "Au, au, au, Luxemburgo � genial!"
Era a �poca do ataque dos 102 gols, Paulist�o de 1996, vencido pelo Palmeiras. Tamb�m do hist�rico duelo pela final da Copa do Brasil, Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro.
Dois anos depois, era un�nime tratar Luxemburgo como o melhor treinador do Brasil. Tel� Santana estava doente. Os corintianos n�o fizeram um similar do "ol�, ol�, ol�, Tel�, Tel�", dos s�o-paulinos.
Sem musiquinhas, falava-se em "n�s t�ticos", quando o Corinthians de Luxemburgo vencia. O maior triunfo, 2 a 0 no Cruzeiro, em 1998, levou ao Parque S�o Jorge a ta�a do Brasileir�o pela segunda vez na hist�ria, com um time formado por craques como Rinc�n, Marcelinho e Gamarra, mas tamb�m por Batata, �ndio e Gilmar Fub�.
No espa�o de uma semana, Luxemburgo revive sem o mesmo brilho dois dos duelos mais importantes da sua carreira. Como t�cnico do Cruzeiro, perdeu do Palmeiras por 2 a 1 pela Copa do Brasil e para o Corinthians por 3 a 0 pelo Brasileir�o, neste domingo.
A melhor vers�o de Vanderlei Luxemburgo faz falta. Algu�m podia se incomodar com os ternos debaixo do sol, � margem do campo, com as sa�das de cena antes dos t�tulos sob o pretexto de a festa ser dos jogadores... Mas alguns dos times mais brilhantes do Brasil nos �ltimos 20 anos tinham Luxemburgo ao lado do banco.
Editoria de arte/Folhapress | ||
![]() |
O Cruzeiro de 2015, derrotado na quarta pelo Palmeiras e domingo pelo Corinthians, n�o � sombra daquelas equipes. Luxemburgo n�o conquistou nenhum t�tulo nacional depois de sua passagem pelo Real Madrid, em 2005. S�o dez anos de jejum, sem Brasileir�o nem Copa do Brasil, apesar de cinco t�tulos estaduais, pelo Santos (2006 e 2007), Palmeiras (2008), Atl�tico-MG (2010) e Flamengo (2011).
N�o se trata necessariamente de desatualiza��o. O Cruzeiro joga na maior parte das vezes no mesmo 4-1-4-1 desenhado por Tite no Corinthians. Mas a magia da comunica��o com os jogadores que julgavam ele inigual�vel do ponto de vista t�tico perdeu-se.
Vencer por 1 a 0 o terceiro duelo em sequ�ncia contra Palmeiras e o Corinthians na pr�xima quarta-feira significar� disputar o t�tulo da Copa do Brasil a partir das quartas de final. Neste Brasileir�o, Luxemburgo mant�m desempenho semelhante ao dos �ltimos anos. Dirigiu 19 partidas, somou 22 pontos.
Ele argumenta e tem raz�o em dizer que classificou suas equipes para a Libertadores em 2006, 2007, 2008, 2011 e 2012.
N�o exclui a saudade dos times que ganhavam ta�as nacionais e n�o apenas se classificavam para torneio continentais.
OSCILA��O
Levir Culpi diz que n�o h� nenhum time no Brasil. Esqueceu-se do seu, que � uma equipe montada, apesar de oscilar. O Corinthians, tamb�m, pelos oito meses de trabalho seguido. Os outros est�o em constru��o, o que explica, por exemplo, o Gr�mio perder ponto e escapar de perder para a Ponte.
IN�CIO RUIM
A primeira cr�tica que se faz a Rafa Ben�tez no Real Madrid � montar a defesa e n�o conseguir agredir no ataque. Dos nove primeiros jogos do ano, cinco vezes o Real n�o marcou. Foi assim ontem contra o Sporting Gij�n, nas Ast�rias. Rafa � torcedor confesso do Real. Mas isso n�o o proteger� das cr�ticas.
Livraria da Folha
- Cole��o "Cinema Policial" re�ne quatro filmes de grandes diretores
- Soci�logo discute transforma��es do s�culo 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade