A vida de estudante é uma jornada repleta de desafios e conquistas. Desde a organização do material escolar até a convivência com colegas, cada estudante embarca em uma trajetória marcada por tarefas, projetos e, inevitavelmente, provas.
Apesar de causarem apreensão entre os estudantes, as avaliações desempenham papéis cruciais na jornada educacional. Elas medem o domínio do conteúdo e proporcionam uma oportunidade valiosa para identificar lacunas no aprendizado, orientando intervenções pedagógicas eficazes. As avaliações servem como um guia para o aprimoramento constante.
Além das provas realizadas em sala de aula por professores, úteis para fazer ajustes no planejamento escolar, as escolas passam regularmente por avaliações padronizadas. Estados e municípios podem ter seus próprios sistemas de avaliação, cujos resultados medem a qualidade do ensino na rede e, muitas vezes, premiam escolas e professores que se destacam.
Em nível nacional, o Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, é realizado bianualmente pelo Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ao contrário das avaliações internas de sala de aula, o objetivo do Saeb não é avaliar o desempenho de cada aluno. A missão principal é avaliar a qualidade da educação, garantindo a equidade de acesso e permanência na escola para todos.
No Saeb 2023, que começou em outubro, estima-se que 8 milhões de alunos respondam questionários contextuais e testes de matemática, português, ciências humanas e da natureza, dependendo de sua série. O Saeb inclui questionários para gestores municipais, diretores e professores de 190 mil escolas. Estabelecido em 1990, neste ano medirá pela primeira vez o percentual de alunos alfabetizados ao fim do 2º ano do fundamental em cada município.
Os dados provenientes dos sistemas de avaliação são indispensáveis para identificar os avanços e lacunas na educação, principalmente em termos de aprendizado e equidade. Sem essas evidências, formular e aprimorar políticas educacionais que garantam educação de qualidade para todos se torna tarefa impossível.
Entretanto, não se pode negligenciar a sobrecarga de provas para professores, gestores e alunos. Nesse sentido, o Inep começa a fazer esforços para integrar o Saeb e as avaliações da alfabetização estaduais, no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Assim, buscam-se caminhos para tornar o processo mais alinhado entre os entes.
Embora as avaliações possam ser desafiadoras, a ausência delas seria ainda mais prejudicial à melhoria educacional. Se os alunos acham ruim fazer provas, acreditem: seria pior sem elas.
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