A violência no mundo custou US$ 19,1 trilhões no ano passado, segundo o Global Peace Index, divulgado pelo Institute for Economics and Peace (IEP). O levantamento mostra um aumento das tensões em 96 de 163 países monitorados. O resultado foi não somente custos extraordinários para a população como perda de atividade econômica.
O estudo estima que cada habitante do mundo pagou, em média, US$ 2.380 com a violência —um aumento de 0,83% em relação a 2022, devido à explosão da violência em diversos países do mundo.
Os custos com missões de paz e edifícios para proteção de civis foi de US$ 49,6 bilhões em 2023. Além disso, o mundo perdeu 20% do seu PIB potencial devido a conflitos como a guerra na Ucrânia e na faixa de Gaza.
A violência no Sudão, Timor-Leste, Angola e Etiópia também acarretou perdas no PIB que variaram entre 32,8% e 18,8% em relação a 2022.
No Brasil, a situação está estável apesar de o país ocupar a 158ª posição, atrás de países como El Salvador, que registrou o maior aumento da violência, segundo o IEP.
O relatório monitora a paz no mundo há 18 anos e cobre 99,7% da população mundial. O instituto avalia três fatores: o nível de segurança, a extensão dos conflitos internos e externos e o nível de militarização.
O relatório detectou que diversas das condições que antecedem grandes conflitos estão muito mais elevadas do que no fim da Segunda Guerra Mundial.
Existem atualmente 56 conflitos ativos e poucos foram resolvidos, seja pela guerra ou por acordos de paz. Essas situações estão mais "internacionalizadas" com 92 países envolvidos devido, primordialmente, ao aumento de poder de nações em suas regiões de influência.
Além disso, a desigualdade na paz continua a crescer. A distância entre o país mais e menos pacífico é maior do que em qualquer outro momento da história.
Cerca de 95 milhões de pessoas estão refugiadas ou foram deslocadas por conflitos violentos. Existem 16 países com mais de 5% de sua população forçada a deixar suas casas.
Com Diego Felix
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