Painel S.A.

Fábio Pupo (interino) cobre economia pela Folha há cinco anos, após oito no Valor Econômico. Formado em jornalismo pela UFPR e especializado em jornalismo financeiro pela City, University of London, é membro da Oxford Climate Journalism Network

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu Folhajus Eletrobras STF

Eletrobras pede ao STF para não pagar R$ 3,6 bi ao Piauí

Ministro do STF concedeu suspensão de pagamento até que pleito da companhia seja julgado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

A Eletrobras pediu ao Supremo Tribunal Federal que a livre de pagar R$ 3,6 bilhões ao Piauí por suposto descumprimento do acordo de federalização da Cepisa, a então distribuidora estadual de energia posteriormente privatizada pela União.

Em seu despacho, o ministro Luiz Fux decidiu suspender o pagamento até que a fórmula de cálculo do valor devido seja esclarecida.

Estátua em frente ao STF com olhos vendados, representando a Justiça - 07.jun.2023-Divulgação/STF

O caso remonta a 1997, quando o governo do Piauí e a União firmaram um acordo que resultaria na privatização da distribuidora, o que só ocorreu em 2018 e por um preço considerado pelo estado fora do que havia previsto o acordo.

À época, a Cepisa foi transferida para a iniciativa privada por R$ 50 mil, um valor irrisório perto dos ativos da companhia, mas que não cobriam as dívidas de R$ 2,4 bilhões.

O governo estadual afirma que, pelo acordo, receberia 90% da diferença entre o valor mínimo do lance e o valor efetivamente pago.

É essa diferença que o estado cobra desde 2000 com a devida correção monetária do período. A cobrança recai sobre Eletrobras, BNDES e União, trio que tinha sido condenado a efetuar o pagamento pelo STF.

No entanto, o banco foi liberado pelo plenário do STF após ter entrado com recurso. Na petição, o BNDES afirmou ter sido um intermediário no processo.

Diante do precedente, a Eletrobras também apresentou embargos para que fosse retirada do polo passivo, já que não é mais controlada pela União.

Esse pleito ainda será julgado e, até lá, a empresa pediu que o pagamento de R$ 3,6 bilhões ao governo do Piauí seja suspenso, o que foi concedido pelo ministro Fux.

Outro ponto pendente se refere ao método de cálculo.

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.