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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Dasa faz acordo na Justiça para manter marca Delboni

Companhia chegou a ser obrigada pelo TJSP a deixar de utilizar nome em seus laboratórios, mas fechou negociação com família Delboni

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São Paulo

A Dasa, uma das maiores redes de laboratórios clínicos, fechou acordo com a família de um ex-sócio para manter o uso comercial da marca Delboni no país.

Os detalhes da negociação, no entanto, estão mantidos sob sigilo.

O médico Humberto Delboni, que morreu em 2019, e sua esposa, Amanda Delboni, durante jantar em São Paulo
O médico Humberto Delboni, que morreu em 2019, e sua esposa, Amanda Delboni, durante jantar em São Paulo - Zanone Fraissat - 19.set.13/Folhapress/Folhapress

Como noticiou a Folha, em abril deste ano, a artista plástica Amanda Delboni ingressou na 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) exigindo a mudança de nome dos laboratórios.

Ela aponta descumprimento de uma cláusula contratual assinada em 1999 pelo médico Humberto Delboni, seu marido e um dos fundadores da companhia, impondo o fim da utilização da marca Delboni após 20 anos.

No início do mês passado, os advogados da Dasa e do espólio de Amanda Delboni protocolaram no TJSP um acordo extrajudicial, mantido em sigilo. O acordo foi aceito pela juíza Marina Dubois Fava.

Procurada, a Dasa confirmou o acordo, mas não forneceu detalhes.

O advogado Marcelo Ferreira Vilar dos Santos, que representa a família Delboni, não se manifestou devido ao sigilo imposto ao caso.

Antecedentes

A rede de laboratórios Delboni surgiu em 1961, quando Humberto Delboni e Raul Dias dos Santos, professores da Escola Paulista de Medicina, fundaram a MAP (Médicos Associados em Patologia Clínica).

Treze anos depois, Caio Auriemo entrou para a sociedade que passou a se chamar Delboni Auriemo.

Em 1999, Humberto Delboni vendeu sua participação na empresa, mas impôs uma cláusula contratual para que o nome Delboni deixasse de ser utilizado como marca após 20 anos.

No ano seguinte, a companhia passou a se chamar Dasa (Diagnósticos da América S.A.) e, desde então, teve sua estrutura societária modificada. Auriemo deixou a sociedade em 2009. Hoje o comando pertence à família Bueno.

O prazo para a extinção do nome venceu em 2019, ano da morte de Humberto, porém a Dasa seguiu utilizando a marca em sua rede de clínicas laboratoriais.

Amanda Delboni disse na Justiça que a Dasa violava um contrato firmado pelos sócios originários da companhia.

No processo, a Dasa afirmou que o nome Delboni foi retirado da razão social da empresa em agosto de 2000 e que a ação foi aberta agora com o único objetivo de se obter uma elevadíssima quantia da Dasa, já que o prazo de questionamento sobre o uso da marca estava prescrito.

O valor do acordo não foi informado.

Com Diego Felix

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