Programas de vacinação para adultos retornam até 19 vezes o investimento inicial feito pelo governo, o equivalente a US$ 4.637 por pessoa vacinada em benefícios monetários líquidos para a sociedade.
É o que mostra um estudo sobre a economia financeira dos programas de vacinação feito pelo Office of Health Economics (OHE) e comissionado pela IFPMA, associação global de grupos farmacêuticos.
Para determinar seu impacto econômico, o levantamento considerou quatro tipos de vacinas (influenza, doença pneumocócica, vírus sincicial respiratório (VSR) e herpes zóster) aplicadas em dez países: Austrália, Brasil, França, Alemanha, Itália, Japão, Polônia, África do Sul, Tailândia e EUA.
Segundo os pesquisadores, o retorno verificado resulta nas economias de custo dentro dos sistemas de saúde. A prevenção de doenças reduz as consultas médicas, o que significa que os recursos podem ser destinados para outras despesas necessárias, além de garantir uma força de trabalho saudável e ativa ao longo da vida, impulsionando a produtividade econômica.
Os dados também demonstram que a imunização de adultos pode proporcionar retornos socioeconômicos proporcionais aos programas de imunização infantil.
Para a professora Lotte Steuten, vice-CEO da OHE, é fundamental para os países investirem em programas de imunização para adultos diante do aumento da expectativa de vida.
"Pressões cada vez maiores sobre sistemas de saúde debilitados, como o envelhecimento da população, estão impulsionando uma necessidade urgente de mudar para uma mentalidade de prevenção em primeiro lugar", disse.
Com mais de 60 anos, o OHE é a mais antiga organização independente de pesquisa em economia da saúde do mundo.
Sediada em Genebra, na Suíça, a IFPMA (Federação Internacional de Fabricantes e Associações de Produtos Farmacêuticos) representa mais de 90 empresas e associações farmacêuticas inovadoras ao redor do mundo e mantém parceria com a ONU.
Com Diego Felix
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.