A disputa entre irmãos pela herança de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, entrou em seu momento máximo de pressão. Saul foi à Justiça para exigir busca e apreensão na residência de Michael, que é o inventariante.
Na petição, Saul acusa Michael de descumprimento de ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou a apresentação dos documentos relacionados às doações feitas aos filhos pelo pai, morto em 2014.
Em março, a 9ª Câmara de Direito Privado do TJSP acolheu pedido de Saul para que Michael fosse obrigado a exibir os documentos.
Na sequência, a juíza Débora Nascimento Silva Frazão, da 3ª Vara Cível de São Caetano do Sul, determinou, em abril, que Michael cumprisse a decisão.
O prazo expirou na quinta (25) e, por isso, Saul voltou à Justiça.
Por meio de seu advogado, João da Costa Faria, Michael diz que existe um memorando de entendimento entre os herdeiros (Eva, Saul e Michael), celebrado de forma "irretratável e irrevogável", em que consideraram como válidas as doações feitas pelo patriarca, em agosto de 2013.
Faria disse que eles renunciaram a quaisquer direitos "atinentes aos referidos negócios jurídicos".
Ele afirma que Saul cedeu a totalidade de seus direitos hereditários a uma empresa, o que lhe retira a legitimidade para qualquer tipo de pleito na Justiça.
Sobre o pedido de busca e apreensão, o advogado afirma que não houve decisão favorável a Saul, algo que considera "incogitável" sem que haja "trânsito em julgado" do mérito das ações no TJSP.
Com Diego Felix
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