Dados do Ministério do Trabalho mostram que o setor de tecnologia da informação em São Paulo descumpre a lei de cotas para portadores de necessidades especiais.
Entre as 418 empresas, um quarto ignora suas obrigações e não tem sequer um funcionário com deficiência. Quase 46% das demais companhias (192) cumprem menos de 30% das cotas. O restante (29%) está adimplente.
O descumprimento das obrigações legais envolve Tivit, Mercado Livre, HCL, Zup (Itaú) e até a IMA, uma empresa pública de Campinas, segundo o Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação).
Por isso, além da pressão e de ações civis públicas, o Sindpd-SP também lançará um programa para a qualificação de profissionais PCDs.
"É hora de pressionar [as empresas] e garantir que elas não apenas falem sobre diversidade e inclusão, mas atuem de fato", diz Antonio Neto, presidente do Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação.
A entidade afirma que algumas dessas empresas fazem campanhas ostensivas de diversidade e inclusão nas redes sociais, enquanto, na prática, descumprem a legislação.
Procurado, o Seprosp (Sindicado das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática de São Paulo) não se manifestou.
Com Diego Felix
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