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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Reforma tributária

Bancos travam disputa por alíquota de imposto

Minuta atual do grupo de trabalho criado para definir como aplicar a reforma tributária diverge de pleitos da Febraban

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Brasília

Documento obtido pelo Painel S.A. com a proposta de regulamentação da reforma tributária para bancos e instituições não-financeiras indica que há dois grupos em campo defendendo modelos diferentes.

A minuta, enviada para a Comissão de Sistematização, estabelece que os bancos terão um regime de cobrança diferenciado nos primeiros cinco anos.

Três homens seguram um documento com o texto da reforma tributária e sorriem para as câmeras; deputados e senadores estão atrás deles no plenário
A primeira parte da reforma tributária foi aprovada pelo Congresso no final do ano passado - Ricardo Stuckert - 20.dez.23/PR

Entre janeiro de 2027 e dezembro de 2028, eles recolheriam integralmente a CBS (PIS e Cofins) sobre os serviços em que cobram tarifas ou comissões.

Entre janeiro de 2029 e dezembro de 2031, haveria uma redução gradual da CBS e o aumento da alíquota do IBS (somente ISS), de modo a manter a carga tributária do setor.

No entanto, instituições ligadas à Febraban, consultadas pela coluna, afirmam que a proposta é outra: cobrança integral do IVA (CBS e IBS) a partir da entrada em vigor da reforma.

O que esse grupo pleiteia, formado por bancos como Itaú, Bradesco e Santander, é uma alíquota menor nas operações de intermediação financeira, como financiamentos.

As conversas em torno desse assunto se dão diretamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os integrantes da equipe econômica.

Os principais bancos querem que, nas operações de crédito, como financiamentos a exportações e importações, o imposto único seja cobrado sobre o spread (diferença de juros entre o que o banco paga para obter recursos e o que cobra para emprestá-los). Esse imposto seria convertido em crédito tributário para ser abatido do Imposto de Renda.

Para essas instituições, isso é necessário para evitar que a carga tributária com essas operações seja maior do que a atual no momento da regulamentação —situação barrada pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) promulgada.

Essa proposta, porém, diverge da elaborada por um grupo de trabalho, composto por instituições financeiras privadas e públicas, agências de fomento estaduais e cooperativas de crédito, além de estados, municípios e União, que defende alíquota uniforme nesse tipo de operação.

Com Diego Felix

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