A crise entre o governo e a cúpula da Petrobras chegou aos petroleiros que, com dose de humor, passaram a chamar o presidente da estatal, Jean Paul Prates, de Ronaldinho Gaúcho.
Integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) explicam que a alcunha se deve à imprevisibilidade dos seus movimentos em campo.
Embora Prates seja um político do PT –ele foi senador suplente pelo Rio Grande do Norte– tem sido visto como um executivo que faz movimentos alinhados com o mercado.
A comparação se deve às críticas feitas, recentemente, por integrantes do governo de que a condução da companhia está mais alinhada ao mercado e menos preocupada com a política de preços dos combustíveis.
Lula pretende baratear a gasolina, o diesel, e o querosene de aviação como forma de melhorar sua popularidade e segurar mais a inflação.
Na semana passada, esse embate chegou ao conselho de administração. Representantes do governo decidiram reter o pagamento de dividendos extraordinários, contrariando acionistas minoritários.
Jean Paul afirmou, publicamente, que o adiamento não permitiria que o dinheiro represado fosse utilizado em despesas correntes ou investimentos, como cogitaram assessores de Lula.
Com Diego Felix
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