Maior litígio sucessório em curso, a briga entre os irmãos Saul e Michael Klein, herdeiros da Casas Bahia, foi parar nos EUA.
Após diversas tentativas frustradas, Saul conseguiu uma decisão favorável em uma ação movida em Delaware (EUA) para obter informações a respeito de empresas que suspeita terem escondido patrimônio da família.
No pedido, foram incluídas dezenas de empresas de Michael, e dos filhos mais velhos dele –Raphael Klein e Natalie Klein.
O objetivo de Saul com esses procedimentos é descobrir se, eventualmente, existem bens e direitos relacionados ao espólio do pai —Samuel Klein— que teriam sido deixados de fora da herança, tendo sido destinados a essas empresas antes ou depois da morte do fundador da Casas Bahia.
Na petição, Saul considera que existem diversos indícios de que o patrimônio declarado no plano de partilha do pai não estaria completo.
Esta é a segunda tentativa nos EUA para obter provas de que houve desvio de bens da herança. No Brasil, Saul também ingressou com ações dessa natureza.
Em todas elas, Michael apresentou resistência em fornecer informações a respeito das empresas.
Após a morte do patriarca, em novembro de 2014, Michael se tornou inventariante do espólio do pai, uma fortuna declarada de R$ 500 milhões. No entanto, para os advogados de Saul, o patrimônio de Samuel Klein era, pelo menos, cinco vezes maior à época.
Essa estimativa se dá a partir das movimentações das cerca de 30 empresas vinculadas à família Klein nos EUA, em nome de Samuel e dos netos Raphael e Natalie, que não foram incluídas no espólio.
Em algumas dessas empresas foram identificadas transações de compra e venda de imóveis naquele país, em novembro de 2014, quando o patriarca morreu, e abril do ano seguinte da ordem de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).
Consultados, os irmãos não quiseram se manifestar.
Com Diego Felix
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