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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu indústria juros Selic

Juros e endividamento do consumidor seguram confiança dos pequenos empreendedores, diz Sebrae

Levantamento mostra que indústria puxou resultado de alta em novembro, após sucessivas quedas da confiança dos empresários

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São Paulo

Após dois meses de queda, o índice que mede a confiança das empresas de pequeno porte registrou alta em novembro, chegando a 92,8 pontos. Segundo o Sebrae, que encomendou o estudo para a FGV, o movimento foi influenciado pela retomada do otimismo na indústria.

Em novembro, a alta foi de 0,6 ponto, mas ela não foi suficiente para reverter as quedas de setembro e outubro.

Movimento na rua Sete de Setembro, no centro do Rio de Janeiro
Movimento na rua Sete de Setembro, no centro do Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli - 31.ago.2023/Folhapress

Apesar dos bons resultados na indústria, os setores de comércio e serviços patinaram no mês passado.

De acordo com o Sebrae, o nível de escoamento dos produtos na indústria aumentou e boa parte das empresas indicaram estoque insuficiente para atender a demanda. Até então, o setor havia registrado quatro meses de queda seguida e agora chega a 99,6 pontos no índice.

No comércio, novembro foi o segundo mês seguido de queda e ficou em 86,3 pontos. O setor segue prejudicado pela baixa demanda dos consumidores, gerando maior cautela por parte dos empresários.

Já no setor de serviços, que havia apresentado alta na confiança em outubro, houve uma queda de 4,1 pontos, para 91,1 pontos –o menor nível desde abril. Os empreendedores demonstraram baixo otimismo com negócios correntes e de médio prazo.

Décio Lima, presidente do Sebrae, avalia que o cenário de juros altos e o nível de endividamento dos consumidores têm atuado como freio para a retomada do otimismo dos empreendedores.

"Apesar da quarta redução seguida na taxa Selic, o fato é que os juros brasileiros ainda são os mais altos do mundo", disse Lima.

"Sem crédito, os donos de pequenos negócios não conseguem pensar em investir. Até porque uma parte significativa deles, principalmente os microempreendedores individuais, têm dívidas para pagar", completou.

Com Diego Felix

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