O Celular Seguro, aplicativo do governo federal que inutiliza telefones furtados, mal começou a funcionar e já sofre críticas de soluções da iniciativa privada, que prometem muito mais por um precinho camarada.
"É uma ferramenta louvável, mas carece de ajustes rapidamente", diz Alberto Leite, sócio fundador do Grupo EXA. "O tempo de espera para que os parceiros, como bancos e outros aplicativos, façam o bloqueio é muito grande."
Para ele, é possível, nesse período, que o ladrão tenha acesso a dados sensíveis do dono do aparelho, como fotos, vídeos, agenda, entre outros, desde que esteja em wifi.
Por R$ 6,90 por mês, o EXA oferece uma solução que permite, à distância, gravação de vídeos [para efeito de identificação do infrator], bloqueio de tela, exclusão de arquivos como fotos, vídeos e mensagens.
Também prevê cobertura de R$ 10 mil para perdas financeiras decorrentes da possível invasão a aplicativos.
"Embora o Celular Seguro tenha registrado mais de 270 mil usuários em apenas um dia, é crucial destacar que a plataforma não proporciona segurança completa", disse.
"Ao se conectar a uma rede wifi, o criminoso ainda mantém acesso ao dispositivo. Além disso, o bloqueio imediato da linha telefônica não é garantido, já que o sistema requer até seis horas para enviar a notificação e mais um dia útil para efetivar o pedido", diz
O furto e roubo de celulares atingiu quase 1 milhão de incidentes registrados em 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
A cidade de São Paulo despontou no topo do ranking, contabilizando 346,5 mil casos, o que representa um aumento de 19% em relação a 2021.
Com Diego Felix
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