Preocupado com ataques e roubos de dados estratégicos, o governo contratou uma startup que fará o monitoramento, em tempo real, de ameaças em energia, transportes, comunicações, óleo e gás e segurança pública.
A ideia é que essa empresa também desenvolva sistemas específicos para setores envolvidos com a segurança nacional.
A tarefa ficará a cargo da Clavis Segurança da Informação, que receberá R$ 16 milhões para concluir um sistema robusto de segurança até 2026.
A companhia foi selecionada em setembro por edital público que envolve diversas áreas da administração pública federal: o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
No total, os projetos a serem desenvolvidos somam R$ 238 milhões e serão financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação na Base Industrial de Defesa (BID).
Esse é o maior volume de subvenção econômica já destinado a este setor estratégico da indústria nacional.
A Clavis colocará sua tecnologia para garantir a segurança dos dados de empresas que realizam atividades estratégicas, como transmissão de energia elétrica, controle de embarcações e tratamento de água.
"Um ciberataque desse tipo começa no meio digital e logo transborda para o mundo físico, trazendo prejuízos concretos que podem colocar em risco a vida de milhões de pessoas", diz Victor Santos, CEO da empresa.
A companhia desenvolveu dois softwares que hoje contam com o carimbo de "Produto Estratégico de Defesa (PED). São eles: o Octopus SIEM, que centraliza tudo que acontece numa empresa, da entrada na catraca ao acesso à internet, sendo capaz de identificar um ataque em tempo real; e o BART, de gestão contínua, que simula ataques ao sistema das empresas para identificar e corrigir vulnerabilidades.
Com Diego Felix
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