As empresas de maquininhas entraram em campo contra Vivo, TIM, Claro, que pretendem desligar os sinais da telefonia móvel 2G e 3G. A iniciativa está em análise na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Representadas pela Abranet (Associação Brasileira de Internet), as maquininhas afirmam que dependem das conexões 2G e 3G para realizarem operações em áreas rurais e regiões remotas, onde o 4G e 5G ainda não chegaram.
Nesta quarta (1), a associação pediu cautela à agência ao apresentar suas contribuições sobre o assunto.
No documento, ela considera que a cobertura das redes de telecomunicações móveis ainda é restrita às sedes dos municípios e a grandes centros urbanos.
"Boa parte do território nacional não possui cobertura planejada e muito provavelmente não terá no futuro por falta de obrigação regulatória e interesse econômico", diz a Abranet.
Segundo a entidade, "considerável parte dos equipamentos utilizados por estabelecimentos comerciais só operam em 2G/3G".
No varejo, a grande maioria das maquininhas operam em 3G.
Em outra frente, as operadoras querem acelerar o desligamento que, para elas, gera custos elevados sem, praticamente, gerar receitas.
A Anatel abriu uma consulta pública a pedido da Conexis, associação que representa o setor.
A associação quer discutir o desligamento dos sinais antigos e propõe um upgrade de tecnologia (4G e 5G) para operar nas mesmas faixas de frequência hoje exploradas pelo 2G e 3G.
Frequências são avenidas no ar por onde as teles fazem trafegar seus sinais sem interferências.
O 2G foi a tecnologia predominante até 2010, que permitia a troca de mensagens por texto (torpedos).
O 3G chegou em 2014 e foi a tecnologia que viabilizou a internet móvel.
Ambas as tecnologias coexistiram e alimentaram 200 milhões de linhas no passado. Hoje, segundo dados da Anatel, contam com menos de 20 milhões de usuários.
Com Diego Felix
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