A Libertadores, cuja final entre o Boca Juniors e o Fluminense ocorre neste sábado (4) no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, fatura cada vez mais, mas, proporcionalmente, paga menos aos times que disputam o campeonato.
Levantamento da Sports Value, consultoria especializada em marketing esportivo, mostra que, desde 2019, caiu a proporção entre os prêmios pagos e o faturamento da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol), organizadora do evento.
Em valores, tanto os prêmios quanto a receita registraram alta no período —10% e 17%, respectivamente.
Em 2019, os clubes participantes da Libertadores receberam US$ 184 milhões (R$ 911 milhões), o equivalente a 61,3% das receitas auferidas em dólar pelo campeonato. Em 2022, esse valor foi de US$ 203 milhões (R$ 1 bilhão), cerca de 58% das receitas.
No mesmo período, as receitas da Libertadores foram de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão), em 2019, e de US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão), em 2022.
Segundo a Sports Value, o campeão da Libertadores ganha US$ 18 milhões (R$ 89 milhões) e o vice, US$ 7 milhões (R$ 34,7 milhões).
Outro componente que chama a atenção no balanço são os custos da organização. No período considerado, eles saltaram de US$ 53,9 milhões (R$ 267 milhões) para US$ 71,2 milhões (R$ 352,8 milhões), em boa parte devido ao aumento dos valores de direitos de comercialização e produção.
A Libertadores é o carro-chefe da Conmebol e representa 77% de seu faturamento, segundo cálculos da consultoria.
Com Diego Felix
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