O Festival Folclórico de Parintins (AM), que neste ano faturou R$ 120 milhões só com turistas, não pagou uma conta de ao menos R$ 1,6 milhão em direitos autorais pelas músicas que foram tocadas durante o evento.
É o que mostram as ações judiciais movidas pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) no Amazonas para tentar fazer com que especialmente os compositores recebam a parte que lhes caberia.
O calote nos artistas, no entanto, não é exclusividade dos bois Garantido e Caprichoso, os dois grupos que disputam a liderança no festival amazônico, como fazem as escolas de samba do Rio de Janeiro.
Organizadores das festas juninas do Nordeste, festança que mobiliza toda a região, também foram acionados pelo Ecad na Justiça. Os valores, no entanto, não foram revelados.
No caso de Parintins, são ao menos duas ações.
A primeira delas, no valor de R$ 584,6 mil, tramita desde 2016 e os organizadores, o estado do Amazonas e a Prefeitura de Parintins recorreram. Ainda não houve decisão.
Na segunda, referente ao evento de 2020, o Ecad precisou cobrar R$ 1,6 milhão e o processo ainda aguarda julgamento.
Procurados, os organizadores do festival de Parintins não responderam até a publicação deste texto. O Ecad não quis comentar.
Com Diego Felix
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