Uma denúncia apresentada à CVM por supostas fraudes praticadas pelo Grupo Delta Energia colocou em uma situação constrangedora o atual vice-presidente de comercialização da Eletrobras, João Carlos de Abreu Guimarães.
Embora ainda esteja em fase preliminar de apuração pela autarquia, a denúncia aponta indícios de operações simuladas que, supostamente, deram ganhos a dois fundos de investimento ligados à Delta —e que tiveram como lastro operações de compra e venda de energia no mercado livre.
À época, Guimarães era diretor da Beta, uma das comercializadoras de energia ligada ao grupo, pivô da denúncia. Hoje o executivo cuida da comercialização de energia da Eletrobras.
A coluna obteve cópia da denúncia feita por um ex-diretor de uma comercializadora de outro grupo econômico envolvida no negócio. Nela, ele afirma que a Delta, por meio de suas comercializadoras de energia e empresas terceiras em dificuldades financeiras, simulou operações de compra e venda de energia que tiveram como finalidade gerar ganhos para dois fundos de investimentos controlados pela Delta.
A Beta, dirigida por Guimarães, foi uma das principais comercializadoras do suposto esquema.
Consultada, a Delta nega irregularidades e diz que a denúncia é mentirosa. Guimarães e a Eletrobras não responderam até a publicação desta reportagem. A CVM confirmou que está analisando o caso.
Com Diego Felix
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