Os clientes de telefonia estão pagando até R$ 1,8 bilhão a mais por ano nas contas devido aos valores cobrados das teles pelas distribuidoras de energia, que alugam seus postes para a passagem de cabos.
A diferença de valores é alvo de uma disputa entre o setor elétrico e o de telecomunicações que ganhou corpo neste ano com a implementação do 5G, que trouxe mais empresas ao mercado —o que levará à instalação de cabos nos postes. Sem previsão de solução, o caso pode acabar na Justiça.
Diante dos pesados investimentos a serem realizados, as operadoras querem ajustar esses custos que oneram os consumidores de telefonia em troca de um abatimento nas contas dos consumidores de energia.
Hoje, o valor anual médio pago pelos consumidores de telefonia às distribuidoras chega a R$ 3 bilhões. Um estudo feito pela consultoria LCA a pedido da Conéxis, a associação das operadoras de telefonia, mostra que o valor justo (correspondente aos custos) seria R$ 1,2 bilhão. A diferença é o valor a mais que vem sendo pago.
Em sua defesa, as teles afirmam que não faz mais sentido que o aluguel dos postes seja feito como um negócio lucrativo e pedem à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que seja cobrado um valor de custo pelo uso da infraestrutura das distribuidoras.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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