Empresas que investiram em novos centros de distribuição e sofisticadas operações de logística para atender à demanda criada pela expansão do comércio eletrônico na pandemia mantêm o otimismo apesar dos sinais de estagnação da economia.
"O e-commerce já era um dos pilares do nosso crescimento antes da crise e tivemos que acelerar para dar conta do ritmo de desenvolvimento do setor no país", diz Luiz Roberto Vasconcelos, vice-presidente de operações da americana FedEx no Brasil.
Parte do investimento foi necessária para atender empresas brasileiras de pequeno e médio porte que aumentaram exportações para os Estados Unidos, a Argentina e o México com vendas na internet. A FedEx aumentou o número de voos entre o Brasil e os EUA e trocou a aeronave da rota por uma maior.
A multinacional abriu sete centros logísticos no país e teve que se adaptar às mudanças trazidas pela pandemia, diz Vasconcelos. Acostumada a descarregar seus caminhões em lojas, passou a usar veículos menores, inclusive motos, para entregar pequenas encomendas a consumidores finais.
Empresas de tecnologia e grandes cadeias de varejo investiram em operações de logística próprias, aumentando a competição no mercado. A Amazon abriu neste ano mais quatro centros de distribuição no Brasil, ampliando para 12 o número total. A empresa diz que bateu recordes de vendas em 2021.
A frustração causada pelos resultados alcançados com as promoções da Black Friday neste ano não esfriou o ânimo das empresas. "O e-commerce entrou de vez na vida dos brasileiros e ainda tem espaço para crescimento", diz Luiz Vergueiro, diretor do Mercado Livre, com 8 centros de distribuição.
O Magalu aumentou o número de centros de logística de 17 para 26 nos dois anos da pandemia e adquiriu várias empresas menores para aumentar seu alcance e fazer entregas mais rápidas. A Americanas, com 25 centros de distribuição, planeja abrir mais dois no próximo ano.
A Diageo, dona de marcas de bebida como Johnnie Walker, Smirnoff e Ypióca, anunciou nesta sexta (17) a escolha de Paula Lindenberg como nova presidente da empresa no Brasil. A executiva também ficará responsável pelos negócios no Paraguai e no Uruguai. Nos últimos três anos, ela dirigiu as operações da AB Inbev no Reino Unido, na Irlanda e na Espanha.
Com Ricardo Balthazar (interino), Andressa Motter e Ana Paula Branco.
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