Após se envolverem em confronto em ato na última sexta-feira (8) pelo Dia da Mulher, PCO e Unidade Popular trocaram acusações sobre a responsabilidade pelo início da confusão, na qual houve interferência da polícia e agressões físicas.
O ato, realizado na avenida Paulista, em São Paulo, tinha como tema "Mulheres nas ruas contra a violência e o fascismo —Ditadura nunca mais! Bolsonaro na prisão".
Vivian Mendes da Silva, presidente estadual da Unidade Popular em São Paulo, acusa os integrantes do PCO de agredirem mulheres da organização do evento. "O PCO não faz luta pelas mulheres. Quem não está articulado não fica sabendo da organização", afirma.
Segundo Silva, as participantes do ato foram xingadas por integrantes do PCO. "Qual o interesse de uma organização qualquer de impedir um ato como esse com um mote tão politizado? Foi muita agressão. Os homens do PCO partiram para cima das mulheres do ato", afirma a presidente estadual da UP.
O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, diz que integrantes do partido foram impedidas de falar, o que gerou o empurra-empurra.
"Num determinado momento, eles chamaram a polícia contra nós, o que achamos inadmissível", diz. "A nossa posição é que a polícia não devia nem estar acompanhando o ato."
Pimenta rechaça também o argumento de que o PCO não participa da luta pelas mulheres. "Eu acho que o nosso movimento de mulheres é o mais antigo do país. Nós temos um coletivo que se chama Rosa Luxemburgo, que publica uma revista, tem várias redes sociais", diz.
O partido nega que militantes do PCO tenham agredido mulheres e afirma ter enviado à SSP (Secretaria de Segurança Pública) material indicando que a Polícia foi chamada pela organização. Segundo a legenda, a Polícia Militar teria reconhecido que nenhuma vítima da Unidade Popular se apresentou. Além disso, afirma ter imagens que mostram que ativistas da UP agrediram as militantes do PCO.
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