O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato a prefeito de São Paulo, mantém-se em silêncio, mais de 24 horas após a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que comparou a ofensiva militar de Israel sobre Gaza ao Holocausto judeu.
Segundo sua assessoria, não está previsto nenhum comentário dele sobre o tema. Em entrevista à rádio Band News FM na manhã desta segunda-feira (19), Boulos desconversou ao ser instado a falar sobre o assunto. Disse não ser candidato a prefeito de Tel Aviv, cidade israelense.
O deputado costuma comentar temas do governo Lula, principal padrinho político e fiador da sua campanha, especialmente na área econômica.
O tema dos ataques do Hamas a Israel, e a subsequente ação militar contra o grupo terrorista palestino, já causou desgaste para o pré-candidato.
No ano passado, ele primeiro deu uma declaração sobre o ataque terrorista que foi considerada ambígua. Depois, mudou o tom e citou o Hamas pelo nome num pronunciamento no plenário da Câmara.
Seus principais adversários na campanha repudiaram a fala de Lula.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que a comparação feita pelo presidente é "intolerável e irresponsável". Já a deputada Tabata Amaral (PSB) afirmou que "lamentava profundamente" a fala de Lula.
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