Caso decida apoiar outro candidato à Prefeitura de São Paulo que não seja o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o ex-ministro do Esporte Aldo Rebelo pode ser punido pelo PDT, de acordo com regras estabelecidas pela Comissão Nacional de Ética Partidária pedetista.
Na terça-feira (16), Rebelo afirmou ao Painel que não tem "condições de apoiar Boulos" na disputa. "Eu era ministro do Esporte e ele era o líder do ‘Não Vai ter Copa’ na cidade de São Paulo. Era um movimento que promovia quebra-quebra, sabotagem da Copa. Não tenho como apoiar uma pessoa dessas."
O partido prevê que o filiado pode ser punido em caso de falta ética ou disciplinar, como seria a decisão de apoiar um candidato diferente do que tem o respaldo formal do PDT, explica Marcos Ribeiro, presidente da comissão.
Mas isso só ocorreria após a decisão formal do partido, que deve ser anunciada em convenção partidária no final de julho ou início de agosto.
Ribeiro diz que, a partir da resolução, os filiados não poderiam ir contra a decisão. "A pessoa pode se abster", explica. "Na verdade, uma das faltas éticas se caracteriza, em tese, quando a direção nacional ou a direção correspondente toma uma decisão e os militantes não a seguem, e ao contrário, a combatem fora do âmbito do partido."
Nas redes sociais, alguns filiados do PDT disseram que acionariam a comissão contra Rebelo. O presidente do órgão diz não ter recebido nenhum tipo de representação ainda.
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