Dois integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) viajarão a El Salvador na primeira semana de fevereiro para acompanhar a eleição local, na qual o presidente Nayib Bukele é favorito para conquistar um segundo mandato.
Renato Battista, de São Paulo, e Gabriel Costenaro, do Rio, estarão no país centro-americano entre 2 e 6 de fevereiro e pretendem produzir material para os meios ligados ao movimento. Também pretendem aproveitar a exposição —ambos são candidatos a vereador em suas respectivas cidades, em outubro.
"Vamos conhecer as políticas que fizeram de El Salvador o país mais seguro das Américas e mostrar o que pode ser aplicado aqui no Brasil", afirma Battista.
O objetivo é falar com moradores, ter contato com representantes do governo local e, se possível, visitar a megapenitenciária que Bukele construiu para prender membros de facções. "El Salvador já é objeto de estudo nosso há um ano, os governos têm de olhar o que está sendo feito lá", diz.
A viagem, segundo ele, será paga com recursos do próprio MBL.
O governo Bukele vem sendo exaltado como exemplo por políticos e movimentos de direita latino-americanos, pelo fato de ter derrubado os índices de criminalidade. Por outro lado, entidades de direitos humanos apontam abusos cometidos pelas forças de segurança contra civis inocentes.
Esta é a primeira missão internacional do MBL desde a viagem de dois integrantes do grupo à Ucrânia, há dois anos, que ficou conhecida pelo vazamento de áudios sexistas do ex-deputado Arthur do Val.
Battista diz que a relação com o traumático episódio será inevitável, mas que isso não incomoda o grupo. "Tirando aquele áudio, a viagem para a Ucrânia foi um sucesso, arrecadamos grande quantidade de doações para a população", afirma.
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