Após um ano enfrentando problemas na articulação política, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), tem mantido conversas com PDT e MDB para tentar ampliar seu arco de aliança no estado, em construção que envolve as eleições municipais deste ano e as gerais de 2026.
No MDB as conversas envolveram convite para filiação dela ao partido, em meio às frequentes especulações de que a governadora vai deixar o PSDB —a expectativa é que ela defina seu futuro apenas após a disputa em Recife, onde seu potencial adversário em 2026, o prefeito João Campos (PSB), tenta a reeleição.
Integrantes do MDB, no entanto, esperam que, antes disso, a governadora deixe mais explícito que pretende contar com o apoio do partido em seu governo, em especial diante de seu interesse em se aproximar do governo Lula (PT).
Uma forma de isso acontecer, indicam, é Lyra oferecer ao MDB uma participação na administração estadual.
No PDT, as conversas se dão apenas na construção da aliança para as eleições municipais e de 2026. Como pano de fundo há uma movimentação que pode distanciar o partido da gestão João Campos.
No Ceará, o senador Cid Gomes, irmão do ex-presidenciável Ciro Gomes, deve trocar o PDT pelo PSB. Se isso ocorrer, pode haver reflexo na aliança em Recife.
Hoje, a vice de Campos é Isabella de Roldão, do PDT. No entanto, o PT busca emplacar um nome na chapa do prefeito para a reeleição, o que poderia levar o PDT a buscar outra composição na disputa municipal.
Quadros pedetistas afirmam que a conversa com Lyra tem sido boa e a veem como uma "guerreira da política" que venceu dificuldades ao longo de sua vida pública.
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