Integrantes da bancada evangélica na Câmara Municipal de São Paulo mantêm o apoio que deram à criação da CPI das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), e têm garantido sobrevida à iniciativa diante da pressão contrária feita por políticos, instituições e artistas.
Os membros da bancada, que possui 17 dos 55 vereadores, têm sugerido a Rubinho que evite vinculação pública da iniciativa ao padre Júlio Lancellotti —pelo menos enquanto a pressão pública está forte. A proposta de CPI, protocolada em dezembro, não menciona o pároco, mas seu autor o coloca como principal alvo em publicações nas redes sociais.
Em textos mais recentes, ele já afirma que não está perseguido o religioso e que as ONGs que atuam no centro de São Paulo são o foco da investigação.
Lideranças da bancada evangélica como Rute Costa (PSDB), Atílio Francisco (Republicanos), Sansão Pereira (Republicanos) e Isac Félix (PL) assinaram o pedido de criação da CPI e não retiraram apoio, diferentemente de outros sete colegas que publicaram notas em suas redes sociais.
A proposta agora deve ser avaliada pelos líderes que compõem o Colégio de Líderes, o que está previsto para a primeira semana de fevereiro, quando a Câmara volta do recesso de fim de ano.
No Colégio, a aposta é de que o apoio dos evangélicos e a participação de Milton Leite (União Brasil), presidente da Casa, que tem articulado pela instalação da CPI, garantam o avanço da proposta. Depois, ela precisará ser aprovada em plenário.
Nesta etapa, serão necessárias duas votações: uma para aprovar a criação de uma nova CPI e a segunda para criar e instalar a CPI das ONGs. Ambas necessitarão de 28 votos.
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