Vale, BHP e Samarco apresentaram uma proposta de reparação pelo desastre de Mariana (MG) considerada "constrangedora", "acintosa" e "risível" por participantes do Poder Público presentes na reunião da mesa de repactuação realizada nesta sexta-feira (1º).
No último dia 8, representantes de União, governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Defensorias Públicas e Ministérios Públicos dos dois estados sugeriram uma reparação de cerca de R$ 126 bilhões, além de obrigações discutidas com as empresas.
Nesta sexta, as companhias propuseram R$ 42 bilhões, mais obrigações, de acordo com participantes da mesa de repactuação, cujo objetivo era discutir os valores. Participaram do encontro Caroline Cox, diretora jurídica, de governança e assuntos externos da BHP, e o vice-presidente executivo da Vale, Alexandre Silva D'Ambrosio.
Com a grande divergência, foi decidida a suspensão temporária das discussões técnicas e de textos das minutas entre o Poder Público e as empresas até a próxima quinta-feira (7), quando haverá novo encontro para retomar a discussão de valores.
A barragem da Samarco em Mariana ruiu em 5 de novembro de 2015 provocando uma das maiores tragédias ambientais do Brasil.
A lama que desceu da estrutura matou 19 pessoas, destruiu o distrito de Bento Rodrigues, no município, e poluiu todo o rio Doce desde Minas Gerais, onde nasce, até a foz em Espírito Santo. Parte do litoral do estado também foi atingido pela poluição.
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