A convenção nacional do PSDB, marcada para 30 de novembro, deve consolidar o retorno do deputado federal Aécio Neves (MG) à posição de figura mais influente na sigla, ainda que não como presidente.
O ex-senador levou a melhor em relação ao grupo de Eduardo Leite (RS) nas negociações para construção de uma chapa única para o diretório nacional do PSDB, que passará a ter maioria aecista. Esse grupo escolherá a Executiva tucana (a cúpula do partido), inclusive o presidente, no fim do mês.
Aécio tem dito que deseja a continuidade de Leite na presidência, mas o governador gaúcho tem afirmado que não quer. Leite sondou Tasso Jereissati (CE) para sucedê-lo, mas o ex-senador é rejeitado pelo grupo do ex-governador de Minas Gerais. Nesse cenário, ganha força o nome de Marconi Perillo, ex-governador de Goiás e aliado de Aécio.
Recolhido desde que foi atingido pela Operação Lava Jato, especialmente a partir de 2017, Aécio lançou o processo de reabilitação de sua ascendência sobre a legenda em julho, logo após ter sido absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região de acusação de corrupção no caso JBS. No mês seguinte, ele foi ovacionado por tucanos em evento do PSDB.
O retorno de Aécio à cabine de comando do PSDB deve fazer com que o partido tenha atuação mais crítica e de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No partido, há a avaliação de que Leite tem dificuldade em criticar o petista porque, como governador, depende de interlocução com a administração federal.
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