A prorrogação dos trabalhos da CPI que apura manipulação de resultado em partidas de futebol deu a aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a chance de colocarem sob escrutínio da comissão o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O presidente da CBF deveria ter comparecido a uma audiência pública marcada para a última segunda-feira (11), mas faltou sob argumento de que a seleção brasileira jogaria no dia seguinte —o Brasil venceu o Peru por 1 a 0 pela segunda rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Agora, ele será ouvido em nova audiência pública na próxima quarta-feira (20).
Inicialmente, a CPI terminaria nesta quinta-feira (14). No entanto, os trabalhos foram prorrogados após decisão de Lira.
Durante a eleição para a presidência da confederação, no ano passado, Rodrigues foi alvo de contestação judicial do alagoano Gustavo Feijó, então vice-presidente da CBF e amigo de Lira.
Apesar da tentativa, a votação prosseguiu e Rodrigues foi eleito com votos de 26 federações —só a de Alagoas não compareceu.
Um dos requerimentos de convite, de autoria do deputado Fred Costa (Patriota-MG), tem como justificativa oficial que o presidente da CBF pudesse "compartilhar as medidas adotadas" pela confederação no combate à manipulação de resultados de jogos.
Outro, de Mersinho Lucena (PP-PB), do mesmo partido de Lira, afirmava que a participação de Rodrigues era "de suma importância para a presente Comissão Parlamentar de Inquérito, uma vez que poderá trazer informações úteis para o deslinde da situação."
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.