Na mira do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde que foi privatizada, a Eletrobras aditou em 57% contrato com uma agência de publicidade, que passou de R$ 30 milhões para R$ 47 milhões.
Um dos objetivos, segundo diz a empresa, é justamente mostrar ao público que ela agora é uma companhia privada.
Em 5 de maio, a AGU (Advocacia Geral da União) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal), em peça jurídica assinada pelo próprio Lula, que a União tenha direito aos votos proporcionais ao percentual que ainda detém da Eletrobras. Embora seja proprietária de 43% da empresa, um trecho da lei que abriu caminho para sua capitalização restringe o peso a 10% dos votos.
Em 9 de maio, quatro dias depois de o governo acionar a AGU, a Eletrobras fechou um aditivo de R$ 17 milhões a agência Artplan.
Procurada, a empresa energética informou que a publicidade tem "objetivo de reapresentar a Eletrobras, agora uma corporação privada, focada no desenvolvimento da integração do Brasil a partir de seu sistema de transmissão e energia renovável".
Desde que assumiu, Lula não tem economizado críticas à privatização; já se referiu ao processo como "sacanagem" e "bandidagem". O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), já afirmou que a venda tem "cheiro ruim de imoralidade".
O processo de contratação da agência foi iniciado em dezembro de 2022, após um período de campanha eleitoral marcado por críticas de petistas à capitalização da empresa. A concorrência foi concluída em fevereiro.
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