Levantamento realizado pelo Instituto Latinoamericano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese) para o Observatório Social do Petróleo (OSP) aponta que os patrocínios culturais da Petrobras atingiram seus valores mais baixos do período entre 2005 e 2021 durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que mantém o OSP, pretende se reunir com a ministra da Cultura do governo Lula (PT), Margareth Menezes, para apresentar a ela o levantamento e pedir que a Petrobras volte a investir em projetos do setor.
Em 2016, ano em que Temer assumiu a Presidência, o investimento de R$ 71 milhões, metade da soma aplicada no ano anterior. Esse valor caiu para R$ 61 milhões em 2017, R$ 38 milhões em 2018, R$ 37 milhões em 2019 e R$ 18 milhões em 2020, ano recorde dos menores investimentos em cultura de todo o período. Em 2021, o montante foi de R$ 37 milhões.
Nesse período, os anos de maior investimento foram 2005 (R$ 265 milhões) e 2006 (R$ 289 milhões).
"A empresa já foi protagonista no incentivo à cultura e tem grande potencial para voltar a atuar com força no setor. Queremos fazer parte desse projeto, oferecendo ao Ministério da Cultura sugestões e análises necessárias para que a Petrobras retome seu papel estratégico de indutora do desenvolvimento cultural brasileiro", diz Marcelo Lima, diretor da FNP.
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