Fernando Haddad (PT) quer levar para o Ministério da Fazenda quadros que trabalharam com ele durante sua passagem pela Prefeitura de São Paulo (2013-2016).
O auditor de carreira Rogério Ceron, que atualmente é diretor-presidente da SP Parcerias, órgão vinculado à prefeitura e que desenvolve projetos de concessão, privatização e PPPs (parcerias público-privadas), é um dos alvos. O advogado Robinson Barreirinhas, procurador-chefe da Procuradoria da Fazenda Municipal, é outro.
Haddad deve buscar mais nomes além dos dois. O engenheiro Marcos Cruz, que atuou na consultoria global McKinsey e foi secretário de Finanças do petista, foi sondado, mas não deve participar da gestão federal por questões pessoais.
Ceron foi o sucessor de Cruz na gestão Haddad, e Barreirinhas, secretário de Negócios Jurídicos. As sondagens reforçam a ideia de que Haddad deve levar ao ministério a visão que implementou na Prefeitura de São Paulo.
Membros da gestão João Doria disseram ao Painel que Haddad promoveu um "equilíbrio expansionista", com crescimento de gastos sustentado em aumento de impostos, como IPTU, e de arrecadação com multas de trânsito.
Doria acusou Haddad de ter deixado a prefeitura sem recursos, e o petista se coloca como responsável pelo maior volume de investimentos em 30 anos e por ter conquistado o grau de investimento da agência Fitch Ratings pela primeira vez na história da cidade.
Desde que foi anunciado por Lula como seu ministro da Fazenda, Haddad já mencionou que discutirá tributação de renda e patrimônio e que recebeu do presidente eleito a missão de incluir o pobre no Orçamento, e o rico, no Imposto de Renda.
Ele também disse que as PPPs devem entrar na ordem do dia —tarefa que tem relação com a área de atuação de Ceron nos últimos anos.
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