Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

TikTok anuncia derrubada de vídeos, conforme bombardeio recomeça

Após reuniões, além do corte de conteúdo, plataforma passou a avisar que relatos sobre Gaza 'podem ser imprecisos'

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Coincidindo com "Gaza sob novo bombardeio", no enunciado do New York Times, a Bloomberg noticiou que o "CEO do TikTok é contestado por líderes de tecnologia sobre postagens pró-Palestina" (abaixo).

Reprodução/Bloomberg

Eram 40 executivos, com destaque para David Fischer, ex-diretor da Meta (Facebook, Instagram). O CEO do TikTok não reagiu como Elon Musk, do X, que também havia sido questionado e respondeu xingando e viajando para apoiar Binyamin Netanyahu.

Shou Chew, segundo o NYT, buscou dar um "toque pessoal", chamando e participando das reuniões. Além da videoconferência com "dezenas de líderes judeus de tecnologia", houve "reuniões com organizações incluindo o Comitê Judaico Americano, a UJA-Federação de Nova York e a Liga Anti-Difamação", além de um grupo de atores de Hollywood.

Segundo a Bloomberg, "o grupo de tecnologia mostrou análises de que mais de metade de alguns vídeos pró-Palestina vêm de países como Indonésia, Malásia e Paquistão, e questionou qual era a prevalência dos vídeos de fora nos EUA". A resposta foi que não eram muitos.

Uma porta-voz do TikTok afirmou depois que a plataforma acredita ser "importante ouvir criadores, especialistas em direitos humanos, sociedade civil e outras partes interessadas para ajudar a orientar o nosso trabalho de manter a nossa comunidade global segura".

Segundo o NYT, agora "aparece uma nova mensagem, no alto da busca por palavras como 'Gaza', avisando que os vídeos podem ser imprecisos e orientando os usuários a buscar 'fontes com autoridade' para notícias". Segundo a Bloomberg, o TikTok avisou ter derrubado 1.100 vídeos, até o último dia 17.

BISAN

Uma das principais fontes para o resto do mundo sobre o que acontece em Gaza, com vídeos em árabe e inglês por Instagram, YouTube e TikTok, Bisan Owda marcou os últimos dois meses com, entre outros, o registro da expulsão dos palestinos, ela inclusive, para o Sul (acima).

Quando ficou um tempo sem aparecer, seguidores se preocuparam se havia morrido. Ela passou a iniciar suas transmissão dizendo "I'm still alive", ainda estou viva. No sábado, sem vídeo, Bisan escreveu estar doente e não ter mais "esperança de sobreviver".

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